A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que a usina Angra 3, da Eletronuclear, entre em operação em 2026, segundo o presidente da entidade, Luiz Barroso. A informação consta no plano decenal do setor elétrico, que deve ser divulgado pela EPE nesta sexta-feira, 7.
“O plano decenal é um indicativo, queremos que a indústria opine. Se Angra conseguir entrar mais cedo, desde que o processo comercial siga os princípios definidos, ótimo. Mas, para deslocar fontes, tem que ser mais barata que alguém”, afirmou Barroso, após participar do evento Brasil Solar Power, no Rio.
Em sua opinião, o desafio de Angra 3 está no “modelo de financiamento, no investimento incremental e em como vai fazer para trazer um investidor externo”. O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, já admitiu que o projeto deverá contar com investidor estrangeiro, em condição minoritária, como previsto em lei.
Barroso afirmou ainda que o plano decenal não será “refém de uma ideologia”, da ideia de que a geração tem que ser necessariamente hidrelétrica. “Vamos fazer o que tivermos que fazer”, disse.