O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 18, que sua equipe de economistas está revisando a expectativa de crescimento da economia neste ano para 1,9%. Antes a Fazenda estimava expansão de 1,6% para o Produto Interno Bruto (PIB). O boletim macrofiscal, que deve ser atualizado na segunda-feira, 22, também deverá elevar a projeção de inflação dos atuais 5,3% para 5,6%, segundo o ministro.
Essas afirmações de Haddad foram dadas no contexto de uma pergunta sobre a que ele atribuiria o aumento da taxa de desemprego no Brasil para 8,8%, segundo os parâmetros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Primeiro, o ministro ressaltou que o dado do desemprego é menor do que no ano passado. Em segundo lugar, de acordo com ele, há que se observar que temos um processo de desaceleração que já dura pelo terceiro ano por causa do aumento da taxa de juros.
"A taxa de juro subiu a 13,75% no Brasil e vamos completar quase um ano. A julgar que teremos um Copom só no final de junho, já temos quase um ano de uma taxa de juro real bastante expressiva. Então é natural que a economia sofra uma desaceleração. Ela cresceu 5%, 3% e deve crescer perto de 2% esse ano, segundo Projeções da Secretaria de Política Econômica", disse Haddad.
Ele afirmou que o primeiro trimestre foi relativamente bom e que na Fazenda há um entendimento de que o PIB tem condições de fechar o ano com crescimento de entre 1,8% e 2%.
O ministro fez também questão de ponderar que quem está dizendo que a economia vai desacelerar é o Banco Central nos seus documentos.