A participação do Brasil nos 4×100 metros do atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio terminou na noite desta quarta-feira, pelo horário de Brasília (manhã de quinta no Japão). Tanto a equipe feminina quanto a masculina foram eliminadas após a disputa das baterias classificatórias para as finais, que serão realizadas na manhã de sexta-feira, sem representantes brasileiros.
O time feminino foi o primeiro a ir para a pista. O quarteto formado por Bruna Farias, Ana Claudia Lemos, Vitória Rosa e Rosângela Santos fez a prova em 43s15, desempenho que as deixou com a quinta colocação. Assim, terminaram na 11ª posição da classificação geral e deram adeus à disputa.
Responsável por cruzar a linha de chegada após uma disputa intensa pela quarta colocação, Rosângela Santos se disse satisfeita pela equipe não ter cometido erros, como ocorreu no Mundial deste ano, com uma desclassificação por infração técnica. Além disso, assim como tantos outros competidores do Brasil, ela lamentou as dificuldades de preparação em meio à pandemia de covid-19.
"Foi uma prova realmente muito forte, conseguimos fazer as passagens, não pisamos na linha, que era uma preocupação muito grande do time. Demos nosso melhor, foi o melhor da temporada. Talvez se a gente tivesse competido mais um pouquinho antes. Não deu por causa da pandemia, infelizmente não conseguimos o time que estaria junto fazer uma competição. Mas saímos satisfeitas, claro que queríamos estar na final, demos nosso melhor, mas não deu", afirmou a atleta.
Na disputa masculina, Rodrigo Nascimento, Felipe Bardi, Derick Silva e Paulo André Camilo terminaram a bateria em quinto lugar e ficaram em 12º no ranking geral, um desempenho bastante parecido com o das mulheres. Com a marca de 38s34, eles tinham esperanças de avançar por tempo, mas sete dos oito países que disputaram a bateria seguinte tiveram marcas melhores que os brasileiros.
"Os últimos anos foram vitoriosos, a gente não pode também tirar o mérito das vitórias que conseguimos nos últimos anos, mas tem que haver mudança pelo menos da minha parte, mas acho que posso falar também pelo grupo todo, a gente pode fazer mais. Tudo tem sua primeira vez, Jogos Olímpicos não permitem erro e a gente tem que sentar e analisar para chegar em Paris 100%", lamentou Paulo André, lembrando de bons desempenhos como o ouro inédito no Mundial de Revezamentos de 2019.
DECATLO – Além dos revezamentos, o Brasil ainda teve Felipe dos Santos competindo em três provas do decatlo. Depois de ficar em oitavo nos 110 metros com barreira, ele terminou em nono no lançamento de disco e em décimo na disputa do salto com vara. Um dia antes, já havia competido nos 100 metros, no salto em distância, no arremesso de peso, no salto em altura e nos 400 metros.
Com a soma dos dois dias de provas, Felipe tem 6620 pontos e ocupa a 15ª colocação. A partir das 7 horas desta quinta-feira, horário de Brasília, o atleta disputa o lançamento de dardo e os 1500 metros, duas últimas provas do decatlo.