Estadão

Erika Hilton aponta desinformação e pede exclusão de posts de Carla Zambelli

A deputada estadual de São Paulo Erika Hilton, que concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados nas Eleições 2022, pediu ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que determine a retirada de publicações feitas pela deputada federal bolsonarista Carla Zambelli com desinformação sobre as urnas eletrônicas . Além da ordem de exclusão da propaganda mentirosa , sob pena de multa de R$ 50 mil por dia, a representação requer que Zambelli seja impedida de veicular outras fake news sob pena de suspensão integral de seus perfis .

As advogadas da campanha de Erika se insurgem contra vídeo com o título manipulação das urnas no sindicato dos trabalhadores . A gravação se refere à cerimônia de preparação das urnas em Itapeva, no interior paulista e foi publicada no Facebook e no Twitter da bolsonarista.

As advogadas dizem que a mensagem que acompanha o vídeo visa evidentemente causar um verdadeiro colapso eleitoral, ao levar mensagens completamente inverídicas à população como forma de desestabilizar a corrida eleitoral .

"O ataque à regularidade do processo eleitoral tem repercussão nefasta na legitimidade do pleito, na estabilidade do Estado Democrático de Direito e na confiança dos eleitores nas eleições", diz trecho da petição.

O episódio levou o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo a emitir uma nota de esclarecimento sobre a cerimônia de preparação das urnas na cidade do interior paulista. Segundo a corte eleitoral, servidores foram ameaçados por uma moradora que questionava a lisura do procedimento, que era realizado em espaço ao lado do cartório eleitoral.

De acordo com a nota do TRE, por falta de espaço físico no cartório eleitoral da cidade, o procedimento de carga e lacração das urnas eletrônicas é realizado, desde 2014, em local vizinho, o sindicato dos trabalhadores na indústria da construção, do mobiliario, cimento, cal, gesso e montagem industrial de Itapeva.

"O procedimento realizado no Sinticom, de carga e lactação das urnas eletrônicas, foi acompanhado pela Justiça Eleitoral e fiscalizado por várias entidades. Não existe qualquer risco de adulteração na programação nesse processo", ressaltou o TRE-SP.

<b>COM A PALAVRA, CARLA ZAMBELLI</b>

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a deputada, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

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