O aumento das tarifas de energia elétrica provocou uma forte migração do chamado mercado cativo (aquele atendido pelas distribuidoras) para o mercado livre, onde o consumidor negocia diretamente com o gerador o contrato. Até meados de 2015, eram 1.800 consumidores livres. Esse número saltou para mais de 5 mil neste ano, afirma o presidente da comercializadora de energia Comerc, Cristopher Vlavianos. Com isso, a participação desse mercado no País subiu de 26% para 30% de todo o sistema.
“Com a pressão sobre a tarifa regulada, o mercado livre se tornou muito atraente para a indústria”, disse o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Nos últimos meses, porém, o movimento de migração arrefeceu. O motivo foi o aumento no preço do mercado à vista, que em outubro atingiu o limite de R$ 533,82 o megawatt/hora (Mwh).
Os preços desse mercado são voláteis e sensíveis à hidrologia. Em períodos sem chuvas o preço sobe. Em novembro, com o início do período chuvoso e ligeira melhora nos níveis dos reservatórios, os preços recuaram para R$ 208 o MWh. Neste início de mês, no entanto, subiram para R$ 220. Ou seja, a indústria não tem para onde correr. No mercado livre ou no regulado, os preços estão em alta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.