Cidades

Escola da Prefeitura no Cabuçu realiza planejamento por meio de participação e escuta ativa

Acolher, formar, refletir e planejar para construir juntos a escola de infância em que acreditamos. Esta foi a proposta da EPG Patrícia Galvão – Pagu, localizada no Cabuçu, durante o planejamento pedagógico realizado entre os dias 2 e 4 de março. A partir de uma reflexão crítica, os professores redefiniram as práticas na educação infantil por meio de participação e escuta ativa de todas as pessoas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem: crianças, famílias e funcionários.

O planejamento ocorreu em toda a rede municipal com suas equipes escolares para a produção dos projetos anuais das escolas e revisão ou elaboração dos projetos político-pedagógicos com base na Proposta Curricular Quadro de Saberes Necessários (QSN).

O encontro da escola Pagu foi pautado no desenvolvimento integral dos educandos, experiências, saberes e ações planejadas intencionalmente que favorecem as aprendizagens por meio do brincar e das interações, incentivando a exploração, a pesquisa e as descobertas.

As coordenadoras pedagógicas da escola, Andressa Carla Silva Reis e Maria da Conceição de Andrade Pinto, prepararam um ambiente acolhedor com os itens que os educadores levaram para compor a decoração, com o tema Passarinhos. A ideia é que cada pessoa possa alçar o seu melhor voo, ou seja, fazer o seu melhor.

“Além de permitir momentos de escuta durante as horas das atividades, uma semana antes do planejamento nós solicitamos às professoras e a todos os outros funcionários da escola que produzissem uma carta de apresentação, tanto para os que já eram da escola como aos recém-chegados, porque entendemos que todos que estão trabalhando em prol da criança são educadores também. Sendo assim, cada um pôde revisitar o seu passado, sua história e conseguir pensar nos motivos que o levaram a escolher trabalhar na escola, formar essa equipe e ter tudo isso registrado, com o que cada um tem de melhor a oferecer a esse espaço, para nossas crianças e para a comunidade”, explicou Andressa Carla.

Durante a roda de conversa os participantes compartilharam, com muita emoção, quais foram os seus sentimentos aflorados ao escrever a carta.

Na sequência, de forma simbólica, cada professor tirou palavras que estavam dentro da gaiola e que deveriam ser soltas, livre para voar pela escola, tais como protagonismo, conectividade, movimento, positividade, entre outros termos inspiradores para aplicar com os alunos.

“A participação da equipe escolar foi intensa tanto nas dinâmicas quanto no momento formativo, trazendo novas ideias, troca de experiências, todos contribuindo com suas práticas e com o que há de melhor”, destacou Andressa sobre estarem abertos para esse novo caminho e pensar.

Crianças: vivências e descobertas

Durante todo o processo as professoras escolheram o tema “Crianças: vivências e descobertas” para contemplar a escuta realizada por elas em relação as suas turmas e que vem ao encontro da proposta da rede. Foi sugerido um plano de ação de cada turma como novo registro para estudo, entrevistas com as famílias para colher dados individuais das crianças e da comunidade, que posteriormente serão compartilhados com a equipe, de acordo com a abordagem que a escola está trilhando.

No encerramento do planejamento houve momentos de descontração e fortalecimento do trabalho coletivo. “Esse foi um espaço rico de partilha, escuta, lugar de pertencimento, refletindo importantes decisões para o ano letivo de 2022, além de abordar a importância de acolher e ser acolhido, de escuta das famílias, mas principalmente para as crianças ao redefinir esses olhares para transformá-los em novas práticas”, ressaltou Maria da Conceição.

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