As Escolas de Educação Infantil Pequeno Notável, da União dos Moradores do Bairro dos Pimentas (UMPI), conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação, estão com as atividades paralisadas. Os funcionários das unidades escolares entraram em greve porque estão há dois meses sem receber salário.
Cerca de 70 profissionais, entre diretora, professores, coordenadoras, recreacionistas, auxiliares de limpeza, guardas e cozinheiras atendem 750 crianças de zero a cinco anos de idade.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o repasse referente à segunda parcela do pagamento deste ano não ocorreu no tempo convencionado devido a não prestação de contas da entidade referente a parcelas anteriores.
A Secretaria de Educação está prolongando o prazo para que a entidade se regularize visando normalizar a situação.
"Nunca atrasaram por um período tão longo"
A professora Elivoneide Nunes, de 29 anos, trabalha há seis anos nas unidades escolares e afirma que não é a primeira vez que o salário atrasa. "Houve época que atrasaram o pagamento durante 15 dias, depois até um mês, mas nunca se estendeu por um período tão longo como agora", declara.
De acordo com a professora Roseli Pereira, de 40 anos, o problema não se estende apenas para a falta de pagamento, mas também pelos direitos de férias. Roseli está com três férias vencidas.
A professora Jaqueline Alves de Lima, de 25 anos, relata que o problema está tomando grandes proporções, porque uma funcionária já teve até que devolver a casa para o proprietário por falta de pagamento do aluguel.
A diretora, Vilma Silva Lopes, confirma que os funcionários só voltam às atividades depois que o pagamento for efetuado. "Vamos nos concentrar na sede da União, segunda-feira de manhã, para receber a resposta da Secretaria de Educação", comenta.