Cronista, cartunista, escritor, roteirista de televisão, tradutor, autor de textos teatrais, romancista bissexto, saxofonista nas horas vagas e torcedor fanático do Internacional de Porto Alegre. Com um currículo extenso e ainda filho de Érico Veríssimo, no domingo um dos maiores escritores brasileiros da atualidade, Luís Fernando Veríssimo, completou 76 anos, com livros para todos os públicos – entre poesias, romances, infanto-juvenis, quadrinhos e crônicas.
Nascido em 1936, Veríssimo passou boa parte de sua infância nos Estados Unidos – apesar de ter nascido em Porto Alegre, e chegou ao Brasil somente em 1956, quando se aventurou na imprensa na Editora Globo. Passou pelo tradicional jornal gaúcho Zero Hora, mas só em 1969 teve a primeira oportunidade de mostrar a qualidade de seus textos com uma coluna diária.
A paixão pelo futebol era transmitida em cada texto, mas suas produções se expandiram quando mudou-se para a Folha da Manhã, onde já abordava temas como cinema, literatura, gastronomia, música, comportamento e política, entre outros.
Muito conhecido pelo público jovem por livros como "A Comédia da Vida Privada", "Comédias para se ler na Escola" e "As Mentiras que os Homens Contam", Veríssimo só publicou seu primeiro livro em 1973, sob a alcunha "O Popular". A obra trazia uma coletânea de textos publicados na imprensa, o que rege suas publicações até hoje.
O escritor ganhou notoriedade com seu jeito peculiar de tornar situações comuns do dia a dia em momentos cômicos. Assim, seus textos passaram por grandes publicações da imprensa, como Veja, TV Globo, Playboy (cobertura da Copa do Mundo de 1986) e Estado de S. Paulo.
Com o sucesso na carreira de escritor, lançou "A Comédia da Vida Privada", que tornou-se uma minissérie na TV Globo entre 1994 e 1997. Mas nada o afastou de sua paixão pelo sax e, desde 1995, mantém um grupo, o Jazz 6, que já lançou quatro CDs, mas depende da disponibilidade de Veríssimo para as apresentações.
Destaque na Veja como "o escritor que mais vende livros no Brasil" em 2003, já recebeu diversos prêmios por suas obras, como o Prix Deux Oceans, na França.
Como não podia deixar de ser, em 2004, Veríssimo colocou o coração na ponta da caneta para falar sobre a paixão por seu clube, em "Internacional – Autobiografia de uma paixão", uma coletânea de histórias próprias paralelamente ligando fatos do clube e de sua infância, adolescência e vida adulta correndo atrás das cores do Colorado.
O último presente do ‘craque-escritor foi o nascimento de sua primeira neta, justamente no dia 4 de abril, aniversário do Internacional de Porto Alegre.
