Parques urbanos são locais de recreação, prática de esportes e eventos culturais, mas pode ganhar a definição de como unidade educacional que se ocupa com a conservação, pesquisa e comunicação sobre elementos naturais.
“A finalidade da educação ambiental é formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e problemas com ele relacionados, e que possua os conhecimentos, as capacidades, as atitudes, a motivação, e o compromisso para colaborarem individualmente e coletivamente na resolução de problemas atuais e na preservação de problemas futuros.” (UNESCO, 1976 p.2). E eu acrescento a formação de multiplicadores dessa ideia, aprimorando o conhecimento e a informação.
EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BOSQUE
No dia 13 de dezembro de 2017, pude acompanhar uma trilha noturna para observação de animais que vivem no Maia, mas começamos com a história deste bosque que tem 40 anos e antes de ser parque urbano foi uma fazenda de café pertencente a família Maia. Os cafezais acompanhavam o padrão encontrado no Vale do Paraíba, ou seja, plantado em encostas para que os escravos pudessem ser observados pelos capatazes que ficam na parte de baixa.
O parque é uma pequena parte das áreas verdes do município, já que quase 1/3 da área de Guarulhos é composto pelas Unidades de Conservação de Ituberaba e Cantareira. O que influi no mapa de calor da cidade.
Com fim da palestra, observamos a diversidade de participantes desde adolescentes estudantes de escolas locais, pais, professores e pessoas da terceira idade, isso foi possível porque era uma trilha pouco íngreme e de mais ou menos 500m.
Os participantes agendam a visita antecipadamente informando qual a idade das pessoas interessadas na visita. A partir daí, os professores da área de Educação ambiental preparam uma programação de acordo com o público-alvo. Durante a visita, além de explicações acerca da importância da fauna e flora silvestre, são utilizados materiais didáticos previamente elaborados, a equipe tem a preocupação de, em suas atividades, cuidar de alguns pontos, tais como:
1.ter ousadia na elaboração da aventura;
2.desfazer os mitos sobre a natureza, no caso sobre os morcegos e corujas;
3.levantar assuntos ligados à realidade local, como o cafezal que ali existia;
4.combinando emoção, descontração, conhecimento e o incentivo de respeito ao meio ambiente.
As possibilidades de avistamento no parque são irerês, biguás, garças, periquitos, cágados, cobra de vidro, cururus, rãs, corujas, saruês, morcegos, abelhas jataí, cipós, corticeira ou angico, bromélias, principalmente.
Um dos pontos que achei mais interessantes da trilha foi que os guardas civis ambientais, que nos acompanhavam, também eram multiplicadores das informações ambientais.
Por tudo que foi citado anteriormente considero estas trilhas um ótimo passeio, pois a equipe é comprometida e tanto as trilhas como as palestras são especialmente desenhadas para público leigo, trazendo informações preciosas e indeléveis.
Informações importantes:
Bosque Maia
Av. Paulo Faccini, 07111-000 – Guarulhos
Informações e inscrições: (11) 2482-1667
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos. Rima. 2003. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 13, julho a dezembro de 2004.
Usias é associado da AAPAH, estudante de História.