Vou caminhando pela Mãe dos homens chego até o centro passo por trás do Conselheiro,
Vejo alguns carros estacionados, a fumaça sobe e o cheiro se espalha o baseado foi pra mente, caminho entre calçadas esburacadas, trânsito caótico chego em frente ao Extra ponto lotado,
Mistura de cheiros estômago reclama, churrasquinho, cachorro quente, pipoca doce, cheiro forte de urina, aperto o passo, passageiros com olhos atento à espera da sua condução continuo o caminho.
Hippies oferecem pulseiras, artesanatos
Respondo não, obrigado!
Corro para pegar o farol verde, se vacilar sou empurrado se ficar no caminho sou atropelado.
Praça Getúlio Vargas iluminada pela lua,
Um olhar triste reflete no lago, daquele lado a vida é outra, cachaça, solidão, frio, tristeza e fome fazem companhia,
Aprecio o Capistrano e atravesso a rua sinto cheiro de chocolate e café,
Vejo mulheres arrumando o cabelo,
Vejo pessoas tentando serem milionárias,
Paro pra respirar.
O farol tá verde para os carros olho ao redor e Guarulhos se prepara para mais uma noite,
Olhares cansados, passos apressados, caixas de som com uma música que incomoda meus ouvidos,
Entro na rua da Independência e vejo a casa do ex-prefeito pedindo socorro,
Vou em direção à rua Dom Pedro, e o giroflex chama a atenção iluminando a paisagem e afastando os excluídos,
Camelôs mudam o ambiente vendem de tudo roupas, relógios, brinquedos, cintos, etc…
Chego no local que desejo, sete e quinze bate o sinal,
Vou viajar pelo tempo e tentar entender o que fizeram com a nossa história
[1] Poeta, estudante de História, autor dos livros “Gritos Poéticos” e “Mini Contos”.