Mundo das Palavras

Espaço prioritário

Um dos maiores desafios que os fabricantes de veículos terãopela frente é encolher o tamanho externo dos carros, sem comprometer espaço econforto internos. O objetivo de diminuir o consumo de combustível – econsequentemente emissões de CO2, um dos gases de efeito estufa– não pode depender exclusivamente de motores, transmissões e novosmateriais leves. Economizar peso depende também de dimensões externas menores.


 


Essa batalha concentra-se especialmente nos EUA, onde hárigorosas metas compulsórias de economia de combustível no médio e longoprazos, e existe uma cultura de desperdício de espaço nos automóveis. Narealidade, essa é uma preocupação mundial porque rearranjar o habitáculo a fimde melhorar a vida a bordo está entre as prioridades de qualquer mercado. Mesmonaqueles onde carros menores são os preferidos por seu menor preço, como é ocaso do Brasil e vários outros. Afinal, congestionamentos e escassez de lugarespara estacionar são comuns.


 


Engenheiros, tanto de fabricantes como de fornecedores,terão que se aproximar de arquitetos de interiores ao criar futuros modelos.Especialistas ouvidos pela Automotive News indicam os caminhos traçados deforma geral: bancos mais finos; controles, comandos e botões menores na cabine;linhas do teto repensadas; motores e câmbios compactos que exigem menos espaçosob o capô (de quebra adicionam espaço ao habitáculo); mudanças na arquiteturados chassis para colocar eixos dianteiro e traseiro o máximo possível nasextremidades.


 


A questão não se resolve apenas reposicionando as colunas dacarroceria para conseguir lugar extra para cabeças e pernas. As colunasprecisam ser também mais finas sem perder resistência. Trata-se de uma luta porcada centímetro aqui ou acolá. Entre os exemplos estão o novo Beetle cujodesenho do teto foi “achatado”, juntamente com o maior entre-eixos,e o Toyota iQ, de apenas três metros de comprimento, que reposicionou desde otanque de combustível até a caixa de direção, além de compactar o sistema dear-condicionado.


 


Especialista em bancos, a francesa Faurecia admite queinspiração possa vir das cadeiras de escritório, compactas e confortáveis. Mashá dúvidas se os compradores aceitariam desenhos arrojados nos bandosdianteiros, que proporcionam ganho sensível de espaço para as pernas dopassageiro atrás. Precisa combinar com quem senta na frente, também desejoso deconforto…


 


A empresa trabalha numa nova geração de bancos prevista paraestrear em 2014. Não terá estrutura convencional metálica e será fabricado emresina e termoplásticos, o que também diminuirá a massa do conjunto. A retiradadas treliças de metal levará a menor necessidade de espuma para manter o nívelideal de maciez e conforto. O resultado aparece na forma de encostos bem maisfinos e assentos que permitem espaço adicional para os pés de ocupantes dobanco traseiro.


 


Se aplicada a nova tecnologia aos bancos dianteiros etraseiro, o ganho potencial de espaço longitudinal na cabine poderá chegar a 5cm e, em alguns casos, a 7,5 cm. O melhor cenário a alcançar: diminuir ocomprimento total do carro e aumentar o espaço para todos os ocupantes.


 


RODA VIVA


 


BMW à espera de definição sobre cotas de importaçãoque a Abeiva negocia com o governo desde o ano passado. Se anunciadas no fim domês, dentro do previsto para incentivar quem quer construir fábricas no Brasil,a marca alemã anunciará a unidade fabril em Santa Catarina até final de julho.Chances de produção aqui são superiores a 80%, admite fonte da empresa.


 


VENDAS de importados continuam em queda acentuada,superior a 30% em relação ao mesmo período de 2011. A depressão se acentuaporque era tempo de dólar barato e sem IPI adicional. Algumas revendas,especialmente de marcas chinesas, fecharam as portas. Consumidor também ficoucauteloso, menos propenso a aceitar marcas novas.


 


ITÁLIA, do dia para noite, subiu a taxação paracarros com potência superior a 185 kW (252 cv), dentro da política de aumentara carga fiscal sobre os mais ricos. Cada kW extra, mais imposto. No aspecto desurpresa, não muito diferente do Brasil. Mercado, já em queda, sofrerá aindamais, em especial de marcas premium e suas redes de concessionárias.


 


PALIO Weekend 2013 recebeu retoques na parte frontale melhorias internas. Duas chamam a atenção e antes eram motivos de queixas:bancos dianteiros apresentam outra estrutura, regulagem de altura facilitada eassentos com maior apoio para as coxas, além de bom apoio para pé esquerdo domotorista. Preços de R$ 41.490 (Attractive 1.4) a R$ 51.550 (Adventure 1.8).


 


PICAPE Strada também recebeu as mesmas modificações,assim como o Palio EL (inclusive friso cromado na grade inspirado no Fiat 500),substituto da versão Fire. Nos três modelos, ponto destoante é a protuberância,acima da tampa do porta-luvas, onde se aloja o sistema de bolsa inflável. Únicasolução possível, pois não foram projetados para incluir airbags.


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