Pelo menos dois vereadores buscam hoje a presidência da Câmara: Eduardo Soltur (PV) e Edmilson Souza (PT). Será que eles sabem que os últimos ocupantes da cadeira mais importante do Legislativo não se deram muito bem politicamente após cumprirem tal função?
Relembrando
Sebastião Alemão, Gilberto Penido, Paulo Carvalho, Osvaldo Celeste, Fausto Martelo, Wanderlei Figueiredo e Fausto Miguel Martelo foram presidentes da Câmara e depois disso nunca mais conseguiram voltar ao cenário político guarulhense.
Exceção
O único que se salvou desta grande desgraça foi o petista Ulisses Correia. Entretanto, vale lembrar que o parlamentar só foi diplomado em 2008 porque entrou na Justiça para garantir sua posse, já que, por pouco, foi considerada procedente a representação apresentada pelo PHS por captação ilícita de sufrágio.
Prejuízo
Desde agosto deste ano os vereadores de Guarulhos estão sem receber a famosa verba de gabinete. Estes valores são utilizados para o pagamento de aluguéis e infraestrutura dos escritórios políticos mantidos em seus redutos eleitorais. Por enquanto os parlamentares estão pagando tudo com o dinheiro do próprio bolso e não têm a certeza do reembolso retroativo.
Precavido
Quem mandou suspender momentaneamente esses pagamentos foi o vereador Paulo Sérgio (PV), que estava atuando como presidente interinamente na Câmara. Paulo Sergio atendeu prontamente ao pedido feito pelo Tribunal de Contas que julgou irregular tal reembolso.
Correndo atrás
Agora Paulo Sérgio, munido de um ato da mesa que lhe delega competência para representar a Edilidade perante qualquer entidade pública, tenta reverter a situação levando esclarecimentos ao órgão fiscalizador. O parlamentar acompanha também pessoalmente a Ação Civil que tramita na Justiça relativa ao pedido de exoneração dos funcionários comissionados da Casa, a qual aguarda o julgamento do mérito.
Volta ao passado
Recentemente a vereadora Helena Sena (PSC) voltou a defender a mudança dos horários das sessões da Câmara para o período noturno. Segundo ela, tal atitude faria com que os vereadores se ausentassem menos do trabalho e ao mesmo tempo permitiria que o público trabalhador assistisse as discussões e votações semanais.
Coice
Dizendo ser um absurdo, a vereadora Silvana Mesquita (PV) não se conforma com as cobranças feitas pelo vereador Eduardo Carneiro (PSL) em cima de seus colegas que têm faltado constantemente às sessões. Em resposta à parlamentar, o vereador Dr. José Mário saiu em defesa do seu companheiro do Centrão: “absurdo é quem não tem o mínimo de neurônios para entender que essa cobrança não é absurda”, disparou.
Bom mineiro
Outro vereador que gostou da cobrança em cima dos faltosos foi o suplente Rômulo Ornelas (PT). Gostou tanto que ameaçou ir para o Centrão, grupo independente da Câmara que levantou a polêmica: “Apesar das diferenças ideológicas, se me oferecerem um pão de queijo eu vou correndo”, declarou. Rapidamente o líder da bancada petista intercedeu: “Menos Rômulo, menos …”
Provocação
Ao ver o líder da oposição mudar de voto e desta forma se alinhar com a base do governo na votação das PPP – Parcerias Público Privadas, o vereador Eduardo Carneiro (PSL) cutucou: “Feliz o governo que tem uma oposição do nível do vereador Geraldo Celestino (PSDB)”.
Defensores
Depois disso vários vereadores saíram em defesa do tucano. O próprio líder do governo, José Luiz (PT) usou a tribuna para defender Celestino arrancando risos dos presentes. Romildo Santos (PSDB) também não perdeu a viagem dizendo que a oposição normalmente apresenta denúncias contra o governo e as leva ao Ministério Público, diferente do Centrão que na sua visão age diferentemente.
Respondeu
Depois de tudo isso, Celestino atacou o Centrão com as seguintes palavras: “Nossa oposição não é de mentirinha. Não batemos o pé aqui para negociar lá em cima. Não temos nenhum cargo no Executivo”, finalizou.