Desde junho de 2015, a Espanha está em nível 4 – de uma escala de até 5, quando o risco é considerado elevado e iminente – de alerta antiterrorista. A decisão de elevar o nível se deu com a avaliação de que o país estaria sob ameaça depois que ocorreram ataques na França. Hoje, uma van atropelou dezenas de pessoas no centro de Barcelona. Até agora, uma morte foi confirmada oficialmente, além de 32 feridos – 10 em estado grave -, mas a imprensa local dá conta de que há pelo menos 13 mortos, citando fontes policiais.
A entrada em funcionamento do Nível 4 em 2015 significa uma maior vigilância de infraestruturas consideradas críticas, como estações, aeroportos e usinas nucleares, além de ativação de todas as unidades policiais dedicadas à prevenção, investigação e informação na luta contra o terrorismo. O governo espanhol também decidiu aumentar a presença de forças de segurança nas ruas, mas não mobilizou as forças armadas. A primeira vez que a Espanha usou níveis de alerta de terror foi em março de 2005, depois de ataques jihadistas em Madri um ano antes.
A imprensa local também disse que a polícia encontrou uma segunda van, que estaria conectada ao ataque de Barcelona. Minutos antes, foi divulgada uma fotografia de um dos possíveis responsáveis pelo atentado. O jornal El País descreveu o indivíduo com cerca de 1,70 metro de altura como o responsável pelo aluguel da van. Seu nome seria Driss Oukabir Soprano e ele vestia uma camiseta branca com listas azuis.
Pelo relato da polícia feito ao jornal, depois do atropelamento, o terrorista deixou o veículo e realizou alguns disparos durante a fuga. O periódico informa ainda que suas contas nas redes sociais estão sendo investigadas na tentativa de obter pistas sobre possíveis cúmplices.
O mesmo modus operandi já registrado em outras cidades europeias foi usado hoje, com um motorista avançando com uma van contra uma multidão em uma avenida do centro da cidade. Também ocorreram ataques neste mesmo formato desde o ano passado em Londres, Nice, Berlim e Estocolmo. Em todos os episódios, extremistas muçulmanos foram apontados como autores do crime. O acesso às estações de metrô da região foi fechado em uma das cidades que mais recebem turistas nesta época do ano, quando é verão no Hemisfério Norte e a maioria dos alunos está em férias.