As eleições locais e regionais realizadas neste domingo na Espanha mostraram uma redução da influência dos partidos tradicionais. O Partido Popular (PP, de centro-direita, do primeiro-ministro Mariano Rajoy) e o principal da oposição, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, de centro-esquerda) obtiveram juntos cerca de 52% dos votos, de 65% na eleição anterior, em 2011. Partidos criados recentemente tiveram um bom crescimento e obtiveram vitórias em regiões importantes.
Segundo o jornal El País, no começo da noite deste domingo, com 94,5% dos votos apurados na cidade, Ada Colau, da coalizão de esquerda Comu, deverá ser a primeira mulher a ocupar a Prefeitura de Barcelona, na Catalunha; o Comu deve eleger 11 vereadores, enquanto o movimento de centro-direita Ciudadanos, também formado recentemente, deve eleger 10; os socialistas devem eleger apenas quatro (de 11 na eleição anterior) e o PP, apenas três (de nove em 2011).
Embora em números absolutos o PP tenha sido o partido mais votado (27,03% dos votos em nível nacional, de acordo com o El País, para 25,04% do PSOE), a agremiação de Rajoy deve perder maioria absoluta e talvez também o poder de formar coalizões governistas nos Legislativos das regiões autônomas de Cantábria, Castilla-La Mancha e nas comunidades de Valência e Madri. “Além disso, uma frente de esquerda tem a possibilidade de arrebatar do PP os Executivos de Aragón, Extremadura e Baleares. De momento, o PP mantém o poder em Castilla y León, La Rioja e Múrcia”, dizia o El País no começo da noite.
Naquela altura, com 68,8% dos votos apurados em Madri, o PP liderava a disputa pelo Legislativo da capital com 34,5% dos votos, devendo eleger 21 vereadores, seguido pela coalizão de centro-esquerda Agora Madri, com 31,9% dos votos, devendo eleger 20 vereadores, e o PSOE com apenas 15,3%, devendo eleger apenas 9 vereadores. Com isso, Esperanza Aguirre, do PP, deverá ser a nova prefeita da capital espanhola. Fonte: Associated Press.