O Partido Socialista da Espanha fechou acordos nesta sexta-feira, 10, com vários pequenos partidos para garantir que o primeiro-ministro em exercício, Pedro Sánchez, tenha apoio parlamentar suficiente para ser reeleito, possivelmente na próxima semana. Os acordos seguem semanas de intensas negociações e realçaram a capacidade dos socialistas para chegarem a pactos com partidos de todo o país, apesar de terem terminado em segundo lugar nas eleições de 23 de Julho, com apenas 121 assentos parlamentares num Parlamento de 350 assentos.
Sánchez e os Socialistas assinaram acordos com o Partido Nacionalista Basco e uma coligação das Ilhas Canárias que significam que Sánchez deverá poder contar com o apoio de 179 legisladores, três a mais do que a maioria de 176 necessária no Parlamento para ser escolhido como o próximo primeiro-ministro. O presidente do parlamento deverá marcar uma data para o debate de investidura e votação nos próximos dias. Sánchez está no cargo desde 2018.
Provavelmente, o maior e potencialmente mais prejudicial acordo foi fechado na quinta-feira, 9, com um partido separatista catalão marginal liderado pelo ex-presidente fugitivo Carles Puigdemont, que promete o apoio dos seus sete membros do parlamento em troca de uma anistia para potencialmente milhares de pessoas envolvidas no fracasso de secessão da região.
A anistia suscitou a ira dos dois principais partidos da oposição da Espanha, o Partido Popular, de centro-direita, e o grupo de extrema-direita Vox. Também despertou descontentamento nos sindicatos do Judiciário e da Polícia.