O presidente da Liga Espanhola de Futebol (BBVA), Javier Tebas, ressaltou nesta quinta-feira que os clubes devem se comprometer a erradicar os grupos de torcedores violentos de suas fileiras mediante o risco de serem multados ou sofrerem punições mais graves se não enquadrarem na política de combate as estes tipos de seguidores.
Tebas informou que pretende elaborar uma lista de clube que colaboram com as ações dos grupos conhecidos como “ultras” e irá propor sanções a estes times, entre as quais a “perda de pontos ou rebaixamento”.
Representantes da Liga BBVA, que organiza a primeira divisão do Campeonato Espanhol, da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e da comissão de segurança do esporte no país se reuniram nesta quinta-feira para “consolidar a estratégia para remover os ultras de nossos estádios”, disse Tebas.
O dirigente também destacou nesta quinta que autoridades da Espanha também estão “preparando medidas para conter a violência verbal” que ele diz poder levar à violência física praticada por torcedores.
As medidas para excluir os torcedores violentos dos estádios se tornaram ainda mais prioritárias para as entidades que comandam o futebol espanhol e também para as autoridades do país após a morte do torcedor radical do La Coruña, vítima de confronto com torcedores do Atlético de Madrid, no último domingo, na capital espanhola, poucas horas antes do duelo entre os dois times pelo Campeonato Espanhol.
Francisco Javier Romero Taboada, de 43 anos, morreu por conta do conflito nos arredores do Estádio Vicente Calderón. Segundo relatos da imprensa espanhola, cerca de 180 pessoas participaram da briga, que começou por volta das 9 horas em Madri, três horas antes da partida. O torcedor foi jogado no rio Manzanares, que passa perto do Vicente Calderón, e encontrado com uma lesão na cabeça. Quando resgatado, ele já havia sofrido uma parada cardiorrespiratória.