Em conversa durante visita ao marido Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na cadeia, Cynthia Giglioli da Silva Camacho contou ter sido abordada com uma proposta para que o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) escrevesse sua autobiografia, que seria também transformada em um filme ou série. Trechos do encontro, que aconteceu no ano passado no parlatório do Presídio Federal de Brasília, foram revelados pelo programa Cidade Alerta, da Record.
"Já falei que quero para você escrever um livro R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão. Se não, não tem, não. De graça eu não vou fazer, não", afirmou, sem dar detalhes do autor da proposta.
Além do preço, Cynthia disse ter outra exigência: que Marcola não citasse nenhum relacionamento com outras mulheres, incluindo um caso de traição mencionado por ela. "As mulheres você pula. Se não, vou mandar tirar tudo", diz. "Mas minha vida foi feita em torno de um monte de mulheres", responde o líder do PCC. "Tá, mas eu não quero saber", retruca ela. "Você não quer é que os outros saibam", conclui Marcola, rindo.
A possibilidade de escrever sua autobiografia foi recebida com ceticismo pelo líder do PCC, condenado a mais de 300 anos de prisão: "Eles não deixam eu sair", argumentou.
<b>Viagem para a Europa</b>
Nas gravações, o casal ainda conversa sobre outros assuntos, como a viagem para a Europa que Cynthia faria com a família, a vida escolar do filho de 13 anos, que também estava na visita, e o dia em que, depois de ser assaltada, a mulher de Marcola teve seu celular e dinheiro devolvidos quando os assaltantes reconheceram seu sobrenome.
Em março deste ano, o líder do PCC foi transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Na semana passada, uma operação da Polícia Federal e do Departamento Penitenciário Nacional prendeu um grupo de pessoas que estariam envolvidas em plano de resgate de Marcola e outros integrantes da facção criminosa.