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ESTADO – Ferroanel pode ter obras compatibilizadas com Rodoanel Norte

Sincronia de obras entre ferrovia e rodovia proporcionaria economia de cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres federais

O secretário estadual de Logística e Transportes de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, se reuniu hoje, 21 de fevereiro, em São Paulo, com o ministro dos transportes, Paulo Sergio Passos, para discutir as obras do Ferroanel. Participaram do encontro também o diretor geral do DNIT, General Jorge Fraxe, o secretário de fomento para ações de transportes do Ministério dos Transportes, Daniel Siegelmann, o presidente da DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A, Laurence Casagrande Lourenço, e o diretor-presidente da EPL – Empresa de Planejamento e Logística, Bernardo Figueiredo.

Durante a reunião foi discutida a possibilidade de sincronia entre as obras do Tramo Norte do anel ferroviário e as obras do Rodoanel Norte.

Estima-se que se o Ferroanel, orçado em R$ 3,9 bilhões, começar até agosto, será possível compatibilizar uma etapa da linha férrea com a da rodovia, economizando cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres federais. Além disso, será reduzido consideravelmente o impacto ambiental e o número de desapropriações e de reassentamentos. Sem o Ferroanel, o transporte de cargas que hoje é feito pelas linhas férreas da CPTM pode ser paralisado a partir de 2016, deixando o interior de São Paulo sem ligação com o porto de Santos.

O modelo de contratação do primeiro trecho do Ferroanel deverá ser definido em quinze dias pelo governo federal. A previsão é de que as obras sejam concluídas até 2015.

Sobre o Ferroanel

O anel ferroviário que circundará a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) interligará as regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista. O empreendimento é dividido em dois tramos, o Norte que interligará a estação Perus, em São Paulo, à estação Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, e o Sul que conectará a estação Perus à Jundiaí.

O objetivo de Ferroanel é ampliar a intermodalidade entre caminhão e trem no Estado de São Paulo e segregar o tráfego de cargas do de passageiros. Hoje o transporte cargueiro utiliza as linhas da CPTM para transpor a RMSP.

O empreendimento aumentará a competitividade da ferrovia com a rodovia no escoamento de cargas para o Porto de Santos, retirará caminhões que trafegam pelas estradas e reduzirá as despesas do transporte de mercadorias.

 

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