As forças especiais do Iraque trabalharam neste domingo para limpar bairros no extremo leste de Mossul, enquanto ataques com bomba realizados pelo Estado Islâmico no resto do país mataram ao menos 20 pessoas.
A ofensiva em Mossul se abrandou nos últimos dias, com as forças iraquianas penetrando áreas mais densamente povoadas, onde não podem depender de ataques aéreos e bombardeios, em razão do risco para os civis, que foram instruídos a permanecer em suas casas.
“Há um grande número de civis e estamos a tentar protegê-los”, disse o tenente-coronel Muhanad al-Timimi. “Esta é uma das batalhas mais difíceis que enfrentamos até agora.”
Os extremistas, por sua vez, praticaram uma série de atentados. O mais violento ocorreu na cidade de Samarra, localizada ao norte de Bagdá. O porta-voz da província, Ali al-Hamdani, disse que o agressor utilizou uma ambulância cheia de bombas em um estacionamento perto peregrinos xiitas antes de detonar explosivos em seu colete. O ataque matou 11 pessoas, incluindo pelo menos quatro iranianos, e feriram até 100 outras pessoas.
Outro ataque suicida se utilizou de um carro carregado de explosivos em um posto de controle fora da cidade de Tikrit, matando pelo menos nove pessoas. Al-Hamdani disse que cinco estudantes do sexo feminino, uma mulher e três policiais foram mortos no ataque, enquanto outros 25 estão feridos.
O porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, Bahram Ghasemi, condenou os dois ataques, que segundo ele mataram 21 pessoas, informou a agência de notícias semi-oficial Mehr.
Em uma declaração online, o Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques e disse que a ambulância com bombas foi na realidade desencadeada por um terceiro suicida.