O governo do Estado liberou mais 10 mil doses de Meningo C para Guarulhos, conforme havia anunciado o governador Márcio França, durante visita a cidade na semana passada. Duas mil vacinas foram retiradas pelo município no Centro de Vigilância Epidemiológica, em Mogi das Cruzes, na tarde da última sexta-feira, 14/09, e, o restante, na manhã desta segunda-feira, 17/09. Com isso, o estoque de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do Ambulatório da Criança (Centro) deverá ser regularizado a partir desta terça-feira, 18/09.
Além dessa remessa, o Estado também destinou 2.500 doses do imunobiológico no último dia 11 de setembro. A Meningo C protege contra o sorotipo C da doença meningocócica, que também pode ser causada por mais quatro subgrupos: A, B, W135 e Y, para os quais o SUS (Sistema Único de Saúde) não oferece vacina. A primeira dose desta vacina deve ser administrada aos três meses de idade, a segunda com cinco meses, mais um reforço com um ano. Adolescentes de 11 a 14 anos também devem tomar uma dose.
Todos os subtipos de meningite meningocócica são causados por bactérias, que são formas mais agressivas da doença e com maior potencial de letalidade. No entanto, a meningite também pode ser causada por outros agentes infecciosos, como fungos e vírus. No Brasil, a doença é considerada endêmica. Isso significa que são esperadas ocorrências de casos ao longo do ano, com o registro de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum o surgimento de meningite bacteriana durante o inverno e virais no verão.
Guarulhos não enfrenta surto de meningite. De janeiro até agora, foram confirmados sete casos de meningite meningocócica em Guarulhos, com quatro óbitos, além do caso que está sob investigação, do estudante da Escola da Prefeitura Cora Coralina (Cabuçu), que morreu no dia 29 de agosto passado com suspeita da doença. Na última sexta-feira (14), especialistas da Vigilância Epidemiológica do município retornaram à escola para orientar e tirar dúvidas da comunidade.
Além dessas ocorrências da forma mais agressiva da doença e com maior potencial de letalidade, o município confirmou outros 160 casos de meningite pelos demais agentes infecciosos (bactérias, fungos e vírus), com 23 óbitos. Ao longo do ano passado foram 195 casos cidade com 32 óbitos, sendo 20 ocorrências por doença meningocócica e oito óbitos. Em 2016 foram 254 casos com 27 óbitos. Deste total, 23 foram por doença meningocócia, sendo que cinco evoluíram para óbito.