Após o fechamento do Parque Estadual Núcleo Cabuçu, no bairro de mesmo nome, muitos moradores da região não entenderam os motivos que não foram incluídos na campanha emergencial de vacinação contra a febre amarela, como ocorreu nos bairros do lado paulistano. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a área em Guarulhos passa por análise, mas ainda se mantém fora de risco.
A moradora do bairro, Jéssica Souza, de 26 anos, contou ao GuarulhosWeb que estava no ponto de ônibus nesta manhã quando soube do fechamento do parque. “Por enquanto é tudo que sei, mas vou ficar de olho nas notícias para saber o que faço daqui para frente”, contou.
O GuarulhosWeb entrou em contato com a UBS Cabuçu, que informou ainda não haver indicação para a liberação das vacinas. Segundo o atendente, as doses estão disponíveis para casos específicos, como pessoas que devem viajar para locais onde há o risco de contagio e pessoas que trabalham dentro dos parques ou em locais próximos.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos, as informações já divulgadas através de nota seguem reforçadas. Não há mudanças no critério de imunização contra a febre amarela. A cidade permanece fora da área de risco. “O município aguarda devolutiva da Secretaria Estadual de Saúde com relação a novas medidas que possam vir a ser adotadas.”
A recomendação à população é manter distância das matas, uma vez que as pessoas que contraíram febre amarela no Brasil até hoje residiam em área rural ou adentraram em ambientes florestais e não eram vacinadas contra a doença.
Na Zona Norte de São Paulo, onde um macaco foi encontrado morto e diagnosticado com a doença, acontece uma ação de vacinação. A princípio, pessoas que residem e trabalham em um raio de 500 metros do local devem ser vacinados e na sequência pessoas em um raio de mil metros.
Os especialistas alertam para a forma de contaminação da doença, já que os macacos são apenas vítimas da febre amarela, transmitida através de mosquitos silvestres e são repassados para pessoas.