Internacional

Estados do sul dos EUA debatem sobre a remoção da bandeira da confederação

Os políticos dos Estados Unidos que concordaram com a proposta de remover a bandeira dos Estados Confederados, usada pelos estados do sul do país durante a Guerra Civil, da Assembleia Legislativa da Carolina do Sul, se despedem do senador Clementa Pinckney, morto no tiroteio em uma igreja afro-americana histórica em Charleston, que reacendeu o debate sobre símbolos da Guerra Civil no sul do país.

O caixão do senador estará exposto na Rotunda da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve fazer um discurso no funeral de Pinckney na sexta-feira de manhã, em Charleston.

A governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, solicitou a retirada da bandeira dos Estados Confederados da Assembleia Legislativa e que o artefato seja realocado em um museu. A medida poderá ser votada nesta semana.

A ação tomada pela Carolina do Sul inspirou outros políticos no sul do país a agir da mesma forma em relação ao símbolo. A maioria afirma que a mudança é necessária após ser divulgado que o responsável pelo ataque na igreja em Charleston, Dylan Roof, que matou nove pessoas negras, apareceu em fotografias usando a bandeira como um símbolo de ódio racial. Roof, que enfrenta acusações de assassinato, havia dito a um amigo que planejava fazer algo “para a raça branca”.

Grandes lojas de departamento também tomaram medidas: a WalMart e o Ebay anunciaram que não irão mais vender produtos em que apareçam imagens da bandeira dos Estados Confederados, o que o Ebay chamou de “símbolo contemporâneo de divisão e racismo”.

Na parte externa da Assembleia Legislativa da Carolina do Sul, centenas de pessoas gritavam: “tirem a bandeira! Tirem a bandeira!”.

Alguns políticos se manifestaram em favor da bandeira, alegando sua importância histórica para o país, mas a maioria está guardando os discursos para o que promete ser um grande debate nos próximos meses nos EUA. Fonte: Associated Press.

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