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Estados ficaram com grandes dívidas por causa da política monetária, diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), atribuiu à política monetária adotada pelo governo federal nos últimos anos a causa do endividamento dos Estados. “Quem tem dinheiro não quer empreender, quer aplicar dinheiro. E assim quem deve quebra. Os Estados ficaram com dívida grande pela política monetária”, afirmou o tucano nesta segunda-feira, 19, durante debate na BMF&Bovespa, ao lado dos governadores Raimundo Colombo (PSD-SC) e Beto Richa (PSDB-PR).

De acordo com Alckmin, o País, ficou caro antes de ficar rico. “O foco da política econômica tem que ser o crescimento e a geração de emprego para as pessoas.”

O governador de Santa Catarina, que encabeçou no Supremo Tribunal Federal (STF) as ações judiciais dos Estados contra a União pela cobrança de juros da dívida, criticou a forma de cobrança do governo federal. “Nenhum agiota consegue cobrar o que a União cobra dos Estados e municípios”, afirmou Colombo.

Beto Richa, do Paraná, afirmou que o principal problema fiscal dos Estados está na folha de pagamento. “Nós estamos nos transformando em gerente de recursos humanos dos nossos Estados. A população está sendo prejudicada”, disse. Ele falou ainda que, “se nada mudar”, os Estados começarão a quebrar “em efeito cascata”.

Prêmio

Os três governadores vieram à sede da BM&FBovespa, em São Paulo para receber o prêmio do Ranking de Competitividade dos Estados 2016, iniciativa do Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com as consultorias Economist Intelligence e Tendências.

Na classificação, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, nesta ordem, lideram ranking que reúne indicadores econômicos e sociais das Unidades da Federação. Os três governadores participam de um debate sobre a competitividade de seus territórios.

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