Porta-voz da Agência de Energia Atômica do Irã, Behrouz Kamalwandi afirmou nesta segunda-feira que o nível de enriquecimento de urânio no país chegou a 4,5%. O patamar é superior ao limite de 3,67% determinado pelo acordo nuclear de 2015, fechado entre Teerã e potências globais.
O porta-voz disse que o patamar de enriquecimento é suficiente para “satisfazer plenamente a necessidade do país de fornecer combustível para usinas de energia”. No domingo, o Irã disse que aumentaria o patamar de enriquecimento de urânio por questões técnicas.
Outros países, porém, temem o enriquecimento em níveis mais altos, que poderia resultar em urânio para armas nucleares. O Irã insiste que não tem a intenção de produzir essas armas, mas também tem reclamado da postura de países da Europa, cobrando medidas para compensar sanções impostas pelo governo do presidente americano, Donald Trump.
Os EUA abandonaram o acordo internacional em maio de 2018 e voltaram a impor sanções contra o Irã. O regime de Teerã critica a postura americana e diz que os demais países envolvidos precisam tomar medidas para compensar as perdas causadas por essas sanções, que tem prejudicado a economia local. O acordo fechado em 2015 foi com o grupo chamado de P5+1, formado por EUA, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha.