O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,2% em maio ante abril, para R$ 4,178 trilhões, informou nesta segunda-feira, 28, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 16,1%.
Os números são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19, que voltou a colocar em isolamento social parte da população e reduziu a atividade das empresas.
Em maio ante abril, houve alta de 1,7% no estoque para pessoas físicas e elevação de 0,7% no estoque para pessoas jurídicas.
De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 1,7% em maio, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,6%.
No crédito livre, houve alta de 2,0% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque avançou 1,4% no período.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,0% para 52,7% na passagem de abril para maio.
<b>Habitação e veículos</b>
O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,3% em maio ante abril, totalizando R$ 749,806 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até maio, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 13,6%.
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,6% em maio ante abril, para R$ 226,760 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 10,9%.
<b>Setores</b>
De acordo com o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 0,1% em maio, para R$ 35,351 bilhões.
O saldo para a indústria também avançou 0,1%, para R$ 739,580 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 0,5%, para R$ 1,035 trilhão.
No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 1.440%, aos R$ 5,789 bilhões.
<b>BNDES</b>
O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve baixa de 0,6% em maio ante abril, somando R$ 379,776 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, a queda acumulada é de 1,2%.
Em maio, houve baixa de 0,4% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, baixa de 0,6% no financiamento de investimentos e alta de 1,3% no saldo de capital de giro.
<b>Setor não financeiro</b>
O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 0,8% em maio ante abril, para R$ 12,410 trilhões. O montante equivale a 156,5% do PIB do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.
No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado cedeu 0,7% em maio ante abril, para R$ 4,297 trilhões. O montante equivale a 54,2% do PIB.
<b>Concessões</b>
Em meio à pandemia do novo coronavírus, as concessões dos bancos no crédito livre subiram 2,2% em maio ante abril, para R$ 347,5 bilhões, informou o Banco Central. Nos 12 meses até maio, a alta foi de 2,0%.
Estes dados, apresentados nesta segunda-feira pelo BC, não levam em conta ajustes sazonais. Os números são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19, que voltou a colocar em isolamento social parte da população e reduziu a atividade das empresas.
Em maio, no crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 4,3%, para R$ 178,6 bilhões. Em 12 meses até maio, há alta de 4,8%.
Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 0,2% em maio ante abril, para R$ 168,9 bilhões. Em 12 meses até maio, o recuo é de 0,9%.