Estadão

Estou dando técnicas de uma guerrilha digital

Em uma semana, o deputado federal reeleito André Janones (Avante-MG) reuniu 110 mil pessoas em grupo de Telegram, reduto bolsonarista, de onde determina ações à militância digital petista.

<b>Como o senhor articula a campanha nas redes?</b>

A esquerda tem decisões descentralizadas e um compromisso com a democracia, mas a maneira de comunicar nas redes sociais não privilegia a democracia, não dá tempo de debate, é tudo na velocidade da luz. Só que isso não está funcionando do ponto de vista eleitoral, porque do lado de lá tem um comandante que fala façam isso e todos fazem. Eles engajam mais e eu estou tentando contrapor a isso montando um exército, nas minhas redes sociais, no Telegram, para a gente direcionar esses comandos centrais de como agir nessa reta final. Estou dando técnicas de uma guerrilha digital.

<b>Acredita que está sendo ouvido na campanha do PT?</b>

Eu falo todo dia, toda hora, acho que é um processo. Tomara que essas mudanças que já vem ocorrendo se intensifiquem para que a gente não permita a virada. Mas eles estão ouvindo, sim, devagarinho está indo.

<b>Qual a função do grupo que criou no Telegram?</b>

É para capturar as pessoas, ter uma concentração de forças. E tem o aval do presidente Lula, por isso que eu tenho usado o nome dele. Estou tentando centralizar, ditar a pauta. A gente vai ditar o que o campo progressista vai falar naquele momento através desse grupo.

<b>E o senhor tem o aval de fazer isso sem perguntar para ninguém?</b>

Eu faço nas minhas redes. Na do presidente Lula ainda é necessário todo esse debate, etc, ter um pouco mais de cuidado.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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