Ao menos 7 milhões de veículos devem trafegar pelas principais estradas de São Paulo durante o carnaval. O trânsito começa a ficar mais carregado a partir da tarde desta sexta-feira, 25, com picos intensos a partir das 17h e durante toda a manhã de sábado, 26. Conforme a Secretaria de Logística e Transportes, o movimento será maior em direção às praias do litoral norte e da Baixada Santista. O tráfego será monitorado por mais de 1.770 câmeras dispostas ao longo das rodovias.
As estradas que levam para as praias vão receber o maior volume de carros. Só pelo sistema Ayrton-Senna/Carvalho Pinto, principal acesso ao litoral norte, passam quase 1,2 milhão de veículos. Na Rodovia dos Tamoios, que atende à região de Caraguatatuba e São Sebastião, os 180 mil veículos esperados terão uma faixa adicional no trecho de serra, que está em obras de duplicação.
Para a Baixada Santista, 480 mil carros devem seguir pelo sistema Anchieta-Imigrantes, que terá reversão de pistas – 7 para descer e 3 para subir – nos horários de pico.
As estradas litorâneas Padre Manoel da Nóbrega e Cônego Dômenico Rangoni, que interligam as praias do sul e do norte, recebem mais de 500 mil carros. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) usará drones para fiscalizar e orientar o trânsito. As concessionárias posicionarão viaturas em pontos estratégicos para atender motoristas com problemas e acelerar o atendimento em caso de panes e acidentes.
Conforme o secretário de Logística e Transportes do Estado, João Octaviano Machado Neto, todos os recursos do Estado e das concessionárias estão sendo mobilizados para garantir um fluxo bom nas rodovias e evitar acidentes. "O feriado do Carnaval tem um histórico de aumento de tráfego nas principais rodovias estaduais com origem na capital. Estamos fazendo tudo para garantir a qualidade do tráfego e assegurar a circulação a contento das pessoas que utilizam nossas vias", disse.
Entre as rodovias federais, o tráfego maior está previsto na Fernão Dias, principal ligação com Minas Gerais, que deve receber mais de 1 milhão de veículos. O fluxo mais intenso, com possibilidade de congestionamento, acontece entre Guarulhos e Bragança Paulista.
Pela Régis Bittencourt, que liga a capital paulista às praias do litoral sul e a Curitiba, a previsão é de mais de 900 mil carros. Outros 670 mil usarão a Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. A concessionária da rodovia alerta para obras permanentes no km 214,6 da pista marginal, em Guarulhos. O tráfego flui apenas pela faixa da esquerda.
<b>Praias esperam grande número de turistas</b>
Apesar dos desfiles e eventos com bandas nas praias terem sido suspensos devido à pandemia de covid-19, as prefeituras de cidades do litoral de São Paulo esperam um grande número de turistas durante o carnaval. Conforme o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista, com a incerteza gerada pela covid-19, muitos turistas deixaram para reservar hotéis de última hora. A expectativa é de que a lotação chegue a 85%.
Em Ilhabela, litoral norte, a prefeitura manterá a restrição de caminhões na ilha de sábado a terça-feira. Só poderão circular veículos de carga de pequeno porte ou de serviços essenciais. O município proibiu, nesse período, o estacionamento de veículos na Avenida Isabel, no trecho que vai do shopping ao Morro da Cruz, no bairro do Perequê.
Na tentativa de reduzir a circulação de veículos na ilha, a prefeitura fixou a tarifa de transporte público em R$ 1 durante o Carnaval. Em Ilhabela, está em vigor decreto que obriga apresentar o passaporte vacinal (duas doses) para acessar o comércio e repartições públicas.
<b>Praias impróprias</b>
De 174 praias monitoradas em todo o litoral paulista pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), 45 estão impróprias para banho, segundo a medição do último domingo, dia 17.
Em Praia Grande, na Baixada Santista, todas as 12 praias estão sem condições de balneabilidade, segundo a agência ambiental. Em Mongaguá, das 7 praias, 4 estão com a bandeira vermelha. Já em Bertioga, as 9 praias estão boas para os banhistas. Em contraste com São Sebastião, com apenas uma imprópria entre 30 praias boas, Ilhabela tinha 7 das 19 praias sem condições de balneabilidade.
Conforme a Cetesb, além do problema de esgotos clandestinos, as condições das praias costumam se alterar com as chuvas, que carreiam matéria orgânica para o mar. Na semana passada, houve registro de chuvas intensas na região, que podem ter influenciado a medição do último domingo. Esta semana, a maior parte dos dias foi de tempo bom, o que deve se refletir na nova medição que será feita neste fim de semana.