Como prêmio de consolação e manter a unidade do PT, Derman – até então presidente da Proguaru – foi indicado pelo grupo perdedor como vice.
Vencida a eleição, Derman ficou com uma Secretaria bastante importante, com muita verba, apesar de não contar com experiência alguma na área de Saúde. Como administrador, tinha a difícil missão de corrigir um problema que os oito anos de Pietá no poder não conseguiu. Dotar a rede municipal de Saúde de uma infraestrutura mínima par garantir pelo menos o atendimento básico à população. Fracassou, já que – há quase cinco anos no cargo – os problemas são os mesmos e até piores.
Mas neste tempo como secretário de Saúde, Derman foi obrigado a descascar uma série de abacaxis. O primeiro deles foi tentar explicar, ainda em 2009, o escândalo envolvendo a ONG Água e Vida, criada e administrada por Almeida e por sua família, acusada de desvio de mais de R$ 40 milhões do Programa Saúde da Família para campanhas eleitorais do PT.
Em 2011, Derman mais uma fez foi para a berlinda quando 14 recém-nascidos morreram na UTI do Hospital Municipal da Criança, sob responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde. Até hoje as mortes não foram devidamente explicadas.
Sem querer largar o osso e, mais uma vez para manter a unidade do PT, Derman permaneceu como o vice-prefeito na disputa à reeleição de Almeida. Mas o segundo mandato já começou conturbado. Primeiro foi a tentativa do prefeito em tirar da Secretaria as licitações da pasta, que quase levou o vice à demissão. Depois, tanto para o CQC como para o Bom Dia SP, Almeida se esquivou e deixou Derman na fogueira, sozinho, como se os problemas na área da Saúde não fossem de sua responsabilida.
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