O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em uma rede social que a nova estratégia da empresa para os preços, anunciada na manhã desta terça-feira, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, "ao passo que preservamos um ambiente competitivo nos termos da legislação vigente", informou. Segundo ele, a nova estratégia comercial vai encerrar a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação (PPI), mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível ao consumidor.
"Nosso modelo vai considerar a participação da companhia e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável, garantindo muito mais eficiência e competitividade", disse Prates. "Reforço que vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o País", concluiu.
De acordo com comunicado divulgado mais cedo, a nova política da Petrobras deixa de lado o PPI, levando em conta o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, o que na leitura de alguns analistas a empresa já faz hoje.
Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade, segundo o comunicado, dadas as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino, o que, também na opinião de analistas, pode incluir o PPI.