Estadão

Estreante em olimpíadas, Luana Lira fica fora da semifinal nos saltos ornamentais

Em sua estreia em uma edição dos Jogos Olímpicos, Luana Lira não avançou às semifinais dos saltos ornamentais. Na preliminar do trampolim de 3 metros, a brasileira fechou sua participação em Tóquio na 21ª colocação entre 27 competidoras e não conseguiu vaga entre as 18 semifinalistas na madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília).

Na fase classificatória, são cinco saltos e os pontos são somados. Luana somou, no total, 244,35 pontos, distante significativamente dos 272,05 da australiana Anabelle Smith, a 18ª colocada e última a garantir vaga nas semifinais.

Shi Tingmao, da China, ouro no Rio-2016, liderou a primeira fase da competição, conseguindo 350,45 pontos, e sua compatriota, Han Wang avançou em segundo. As principais rivais das chinesas na final devem ser as canadenses Jennifer Abel e Pamela Ware. Elas terminaram a preliminar em terceiro e quarto lugar, respectivamente.

Luana fez um primeiro salto razoável que lhe rendeu 49,95. Na segunda tentativa, melhorou sua performance e conseguiu 54,00. Depois, errou o seu terceiro salto, um duplo e meio mortal em ponta pé à lua na posição carpada, e obteve apenas 26,00, pontuação que foi determinante para sua desclassificação.

A brasileira melhorou seus últimos dois saltos, conseguindo 50,40 e 54,00, mas a pontuação foi insuficiente para figurar entre as 18 semifinalistas.

"Eu estava muito ansiosa antes de competir e ao mesmo tempo feliz por disputar meu primeiro Jogos Olímpicos. Por um salto que errei, não consegui ir para a semifinal, foi por pouco", avaliou a atleta.

"Por tudo que eu passei, foi complicado até eu chegar aqui. Primeiro eu consegui a classificação por mérito, depois fui tirada, e finalmente fui classificada novamente. Só de estar aqui nos Jogos Tóquio 2020 estou muito feliz e honrada", completou ela, citando o drama que passou antes de competir em Tóquio.

Ela havia obtido a vaga ao alcançar as semifinais no Mundial de Tóquio da modalidade, mas a dois meses para a Olimpíada, a Federação Internacional de Desportos Aquáticos (Fina) mudou as regras, passando a considerar apenas os finalistas como classificados. No entanto, em junho, após a repercussão negativa, a Fina recuou e voltou a classificar os semifinalistas para os Jogos Olímpicos, para o alívio da jovem paraibana.

Luana é natural de João Pessoal (PB) e mora em Brasília há sete anos. Ela treina no Instituto Pro Brasil, no Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB). A atleta de 25 anos participou de sua primeira Olimpíada. Seu melhor resultado na carreira foi o sexto lugar no Pan de Lima, em 2019.

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