A estudante Camila Fernandes teve de apelar ao Poder Judiciário contra a Prefeitura de Guarulhos para garantir seu tratamento contra o diabetes. No entanto, mesmo com a decisão favorável, ela encontra inúmeras dificuldades para cumprir seu cronograma médico, em função da falta de medicamentos nos estabelecimentos da rede municipal, Cemeg, que o fornecem de forma gratuita para os usuários.
De acordo com o pai da estudante, Fernando Fernandes, que admitiu não ter condições financeiras para custear o tratamento da filha (sem informar qual seria o valor total), declarou ter visitado algumas unidades de Postos de Saúde para adquirir os medicamentos necessários e não obteve êxito. "São medicamentos de alto custo e nós não tínhamos condições de comprar, além de manter todo mês. Nós chegamos a ir em alguns Postos de Saúde, aqui em Guarulhos, mas não consegui os medicamentos", disse Fernandes.
Para que a jovem pudesse dar continuidade ao seu tratamento, ela e seus familiares optaram por acionar o Poder Judiciário, que em novembro de 2013 determinou que a Prefeitura de Guarulhos fornecesse os medicamentos necessários para cumprir às exigências médicas. Entretanto, apesar da multa diária estabelecida de R$ 1 000,00 por dia, somente após 7 meses foi que ela começou a encontrar os itens prescritos, além de um equipamento com custo de R$ 15 mil.
Mas, mesmo depois de adquirido o referido aparelho para injetar a insulina em seu corpo, este já não tem o seu funcionamento pleno. Outro questionamento realizado pelos familiares de Camila está relacionado à falta constante dos itens (que também não revelou quais e quantos são) que constam no receituário. Em visita ao centro de distribuição de medicamentos do município, na última semana, para retirada dos insumos, ela teve de retornar à sua residência com a receita incompleta.
"Dessa vez o Cateter que não tinha no dia 13 (de janeiro deste ano) consegui pegar. Mas o sensor que já está faltando a 6 meses não consegui tirar. Eles também não deram prazo de quando eu vou conseguir retirar", falou Camila. A Secretaria de Saúde diz que o sensor vai ser entregue na semana que vem e que apesar dos atrasos, a Camila está recebendo tudo que precisa para realizar o seu tratamento.
