Os cerca de 50 estudantes e militantes de movimentos sociais que ocupavam o plenário da Câmara Municipal de São Paulo desocuparam o espaço por volta das 12h desta sexta-feira, dia 11.
Os manifestantes estavam no espaço desde a tarde de quarta-feira, 9. Eles defendem a realização de um plebiscito popular sobre o pacote de desestatização proposto pelo prefeito João Doria (PSDB). Além disso, são contrários às mudanças no passe livre estudantil, que passaram a vigorar no dia 1°.
Segundo os manifestantes, o Colégio de Líderes da Câmara aceitou discutir a realização do plebiscito com a participação dos estudantes. Leram um anúncio ao mesmo tempo seus aparelhos celulares. No texto, criticaram principalmente o prefeito João Doria e o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM).
Antes de desocupar o espaço, os estudantes tiraram fotos na mesa, atrás de bandeiras de movimentos sociais, como UJS (União da Juventude Socialista), UNE (União Nacional dos Estudantes) e UPES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas). Comemoraram e entoaram a frase “Doria respeita. SP não está à venda”.
A desocupação ocorreu um dia após a justiça conceder o prazo de cinco dias para a saída dos jovens do local.
Pela manhã, o vereador Eduardo Suplicy (PT) participou da negociação em plenário com os manifestantes. As vereadoras Juliana Cardoso (PT), Isa Penna (PSOL) e Sâmia Bonfim (PSOL) alegaram à imprensa terem sido impedidas de entrar no espaço pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Juliana alega ter sido agredida por dois policiais por volta das 8h30 quando acessava a entrada do plenário pelo elevador privativo dos parlamentares. Segundo ela, os policiais a seguraram pelos braços e a empurraram de volta para a saída.