Estudantes voltaram a ocupar ruas da região central e da zona oeste de São Paulo no fim da tarde e na noite desta sexta-feira, 11, em protesto contra o prefeito João Doria (PSDB). Alunos realizaram uma manifestação contra a decisão da gestão tucana de alterar o modelo de concessão do passe livre estudantil no sistema de transporte público da cidade.
No fim da tarde, o movimento se concentrou nas imediações da Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, e seguiu pela Avenida Rebouças até a Brigadeiro Faria Lima, bloqueando parte do tráfego. A Polícia Militar seguiu os manifestantes, mas não relatou nenhuma ocorrência até às 21 horas desta sexta.
Cartazes dos integrantes do protesto reclamavam da decisão de Doria, dizendo que “Passe livre é meu direito”, “Não aos cortes no passe livre” e “Estudante está organizado, passe livre fica”. Não foi informado estimativa quanto ao número de presentes na manifestação.
Antes da mudança, que passou a valer desde 1º de agosto, os alunos tinham direito a uma cota de passe livre por dia. Essa cota tinha validade de 24 horas e dava direito a até oito embarques nos ônibus administrados pela São Paulo Transporte (SPTrans). Com a alteração, os alunos terão direito a duas cotas, mas cada uma delas tem validade de duas horas e direito a embarque em até quatro ônibus. O total era de 24 cotas por mês. Agora, passaram para 48 – dando preferência ao uso apenas nos dias úteis.
Caso o aluno queira, poderá usar mais de duas cotas por dia, gastando os benefícios antes do fim do mês. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes informou que espera obter uma economia de R$ 70 milhões com a medida.