A cidade de Guarulhos foi responsável por cerca de 15% dos homicídios cometidos em todo o Estado. O valor é baseado em dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) e levantamento do Ministério da Justiça em parceria com o Instituto Sangari, apontado no Mapa da Violência 2011, coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e que engloba a década de 1998 a 2008.
Segundo dados do estudo da Justiça, divulgado na manhã de ontem, São Paulo registrou 1.622 homicídios em 2008. Já a SSP aponta que, no mesmo ano, Guarulhos teve 255 homicídios, o que representa 15,7% do total registrado.
Nos anos seguintes, a cidade teve uma redução no número de crimes cometidos contra a pessoa, sendo 182 assassinatos em 2009 e 164 no ano passado.
O apontamento do ministério vinculado ao Governo Federal detalha principalmente os índices de homicídios entre os jovens, na faixa etária de 15 aos 24 anos. Mas Guarulhos ficou de fora do ranking que classifica os 100 municípios mais violentos, liderado por Maceió, que tem uma média de 444 mortes por 100 mil habitantes jovens.
A cidade também não aparece nos apontamentos das cidades com maior incidência de mortes por transporte, que envolve acidentes de trânsito, e de suicídios.
Segundo maior índice – O Mapa da Violência apontou uma queda de 64,2% na quantidade de homicídios ocorridos na região metropolitana de São Paulo, aonde Guarulhos está inserido. Em 1998, a região contava com 10.122 homicídios, caindo para 3.625 dez anos depois. Ainda assim, a região metropolitana de São Paulo tem o segundo maior índice de homicídios, atrás apenas do Rio de Janeiro, que teve 4.165 assassinatos.
Já entre os jovens, Rio de Janeiro, Recife e Salvador tem números piores do que a região metropolitana de São Paulo. A região carioca registrou 1.543 casos em 2008, contra 1.056 de São Paulo.
Suicídios – No levantamento da população total, a região metropolitana de São Paulo apresenta um crescimento na quantidade de suicídios. Em 1998, ocorreram 826 suicídios, caindo para 574 em 2002 e retomando para 793 em 2008. Já entre os jovens, houve uma queda, de 181 em 1998 para 133 em 2008, uma variação de 26,5%.