Estadão

Estêvão brilha de novo, Palmeiras supera Bahia em casa e continua na cola do Flamengo

Algo habitual nesta temporada, Estêvão decidiu novamente e conduziu o Palmeiras a nova vitória no Brasileirão. A joia de 17 anos fez um golaço e deu assistência para Rony fechar o placar no triunfo por 2 a 0 sobre o Bahia, neste domingo à noite, no Allianz Parque, em São Paulo.

O garoto, que defenderá o Chelsea depois do Mundial de Clubes da Fifa, no meio do ano que vem, foi às redes em linda finalização de canhota nos acréscimos do primeiro tempo e deixou Rony à vontade para definir o resultado no início da etapa final. O time foi pressionado e conquistou a vitória também graças às defesas de Weverton e à deficiência do Bahia nas conclusões.

O resultado positivo em casa leva de volta o Palmeiras à vice-liderança do Brasileirão. São 30 pontos, agora a um do líder Flamengo, que tropeçou na rodada ao empatar com o Cuiabá em casa. O Botafogo, terceiro colocado, ainda joga na rodada. Com 27 pontos, enfrenta o Atlético Mineiro no Engenhão e tentará reaver o segundo lugar. Já o Bahia segue em quinto, com 27.

Foi equilibrado e de propostas e estágios diferentes dos times o primeiro tempo no Allianz Parque. O Palmeiras teve mais a bola na primeira parte, se armou para atacar com objetividade e, nas vezes em que levou perigo, teve a participação de Estêvão, ainda que o jovem astro palmeirense estivesse sempre perseguido de perto.

Rony, muito contestado, até que se entendeu bem com Flaco López. Foi do camisa 10 um cruzamento na medida para o centroavante cabecear. Ele torceu e viu a bola passando rente à trave. Depois, Rony mandou para as redes ao pegar rebote de finalização de Raphael Veiga, mas estava impedido. O gol, então, foi anulado.

O Bahia esfriou a pressão dos donos da casa com seu estilo de jogar bem definido: toque curtos, rápidos do goleiro ao atacante, envolvendo a marcação. Deu certo em alguns momentos, mas faltou eficácia aos baianos. Na melhor oportunidade, Thaciano deixou Jean Lucas na cara do gol. Completamente livre, ele chutou pra fora diante de Weverton.

Se os visitantes perderam a sua melhor chance, os donos da casa não perdoaram nos acréscimos da etapa inicial. No contra-ataque, Estêvão foi lançado, correu cerca de 40 metros desde o campo de defesa e, entre tocar para Rony e finalizar, fez a melhor escolha: acertou um bonito chute no "bochecha" da rede para abrir com um golaço o placar no Allianz Parque.

No segundo tempo, o panorama se manteve: técnico, o Bahia trocava passes curtos e com facilidade e o Palmeiras se defendia. Ocorre que os baianos não encontraram facilidade para finalizar e, quando havia brecha, falharam nas conclusões, diferentemente do time paulista. Liderados pelo jovem gênio Estêvão, os donos da casa ampliaram e passaram a estar mais confortáveis.

O segundo gol teve nova participação de Estêvão. O garoto de 17 anos deu a assistência para Rony ir às redes e comemorar "a la Paulo Nunes", resgatando a máscara de porco, tão conhecida pelos palmeirenses no fim dos anos 1990. Artilheiro da equipe no Brasileirão, o jovem cansou e deu lugar a Marcos Rocha, escolhido por Abel Ferreira para dobrar a marcação pelo lado direito da defesa palmeirense.

Irritado, Rogério Ceni fez trocas. O Bahia insistiu, quase sempre pelo lado esquerdo do ataque, e criou ao menos para marcar uma vez. Mas deixou o treinador furioso com tantos gols perdidos. Ou a pontaria falhou, ou, quando a bola foi em direção ao gol, Weverton apareceu para salvar o Palmeiras em mais de uma ocasião.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 2 X 0 BAHIA

PALMEIRAS – Weverton; Mayke (Caio Paulista), Gómez, Vitor Reis e Piquerez; Aníbal Moreno, Gabriel Menino (Fabinho) e Raphael Veiga; Estêvão (Marcos Rocha), Rony (Vanderlan) e Flaco López (Luighi). Técnico: Abel Ferreira.

BAHIA – Marcos Felipe; Gilberto, Gabriel Xavier, Kanu, Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas (Yago Felipe), Everton Ribeiro (Carlos de Pena), Cauly (Estupiñán); Thaciano (Ademir) e Everaldo (Biel). Técnico: Rogério Ceni.

GOLS – Estêvão, aos 48 minutos do primeiro tempo. Rony, aos 15 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Kanu e Rony.

ÁRBITRO – Jonathan Benkenstein Pinheiro (RS).

RENDA – R$ 3.247.958,17.

PÚBLICO – 40.198 torcedores.

LOCAL – Allianz Parque, em São Paulo (SP).

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