O ET de Varginha, ser de outro planeta que teria caído na cidade mineira, sai da história real de ficção científica e vai parar nos cinemas. Em janeiro de 2017, chega às telas o filme BugiGangue no Espaço. Na animação, o polêmico extraterrestre é um caçador de tesouros que se junta a outros personagens.
O longa-metragem é da 44Toons, produtora do cineasta paulistano Alexandre Machado de Sá, ou Ale McHaddo – como é conhecido. Ele manteve as principais características descritas pelas três meninas que supostamente viram o ET no Sul de Minas Gerais, no ano de 1996. A aparição ficou famosa no mundo todo e fez a cidade virar referência para ufólogos.
O filme com o ET será a primeira animação brasileira em 3D e vai estrear em 600 salas de cinema do País. A produção teve custo de R$ 4,5 milhões e demorou cinco anos para ser finalizada. O filme está pronto e o trailer já está disponível, tendo dublagens de Danilo Gentili e Maísa Silva (apresentadores de televisão).
A criação do ET foi baseada nos relatos de testemunhas e nos materiais sobre o caso publicados na mídia. Seu personagem é um caçador de tesouros ancestrais, o que explicaria o fato de ter caído na Terra em uma de suas viagens.
A expectativa é de que o extraterrestre seja um sucesso nas telas. “É um personagem muito carismático”, diz o diretor Ale McHaddo. Ele conta que já existe até um roteiro pronto para uma possível sequência da animação, ou seja, o “hominho do espaço” poderá virar um personagem permanente.
Para levar o ET às telas, foram necessárias algumas adaptações, como reduzir um pouco os olhos vermelhos. Também foi pensado um figurino, com botas e chapéu, de modo a deixar claro que o alienígena é um explorador intergaláctico. “Agora estamos animados esperando a estreia do filme, porque a impressão inicial foi muito boa”, falou ao Estado o diretor.
O ET de Varginha, segundo relatos de moradores da cidade, teria sido capturado ainda vivo há 20 anos por autoridades militares, que sempre negaram o fato. Ufólogos garantem que elas teriam sido avisadas com antecedência sobre prováveis invasões do espaço aéreo brasileiro.
Há muitos relatos sobre o caso, incluindo, documentários realizados por emissoras de TV do Brasil e do exterior. “Mas a ideia também foi trazer o ET para o universo das crianças de hoje”, explica Ale McHaddo.
Ele reúne experiência na área de animação, já tendo sido premiado no País e no exterior com obras como a série Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma e o curta-metragem A Lasanha Assassina. Sua empresa, a 44 Toons, produz séries para TV e também é conhecida por fazer jogos eletrônicos.