Primeiro foi a Rússia. Depois, o Quênia. Agora, a Etiópia. Nesta segunda-feira, uma das principais fundistas do país, Abeba Aregawi, campeã mundial dos 1.500m competindo pela Suécia, teve um caso de doping revelado. Horas depois, o chefe da Agência Antidoping da Etiópia revelou que nove corredores estão sendo investigados, sendo cinco deles de nível “top”.
“Para ser claro, algumas substâncias proibidas foram encontradas em cinco atletas. Eles vão ser convocados e questionados se tomaram alguma substância proibida. Existe uma preocupação real para quando as próximas investigações chegarem”, admitiu Solomon Meaza em entrevista à agência de notícias The Associated Press.
Caso o escândalo se confirme, seria, pelo menos à primeira vista, um caso diferente do Quênia e da Rússia. Esses dois países estão sendo acusados de serem no mínimo benevolentes com o doping. Dirigentes russos e quenianos são suspeitos de terem encobertos casos positivos, permitindo que o doping se tornasse rotina.
Abeba Aregawi desde 2012 compete pela Suécia, mas foi pega num exame antidoping surpresa realizado na Etiópia, onde ela treina. Meaza não explicou se os demais casos também foram identificados nesse exame surpresa. Também não revelou nomes ou substâncias encontradas. Aregawi ainda não foi suspensa preventivamente, mas já se retirou das próximas competições de forma voluntária.
A Etiópia rivaliza com o Quênia como potência das provas de fundo do atletismo. A principal fundista mulheres da atualidade é uma etíope: Genzebe Dibaba. No Mundial do ano passado, o país africano ganhou oito medalhas, sendo três de ouro. Dois anos antes, em 2013, haviam sido 10.