Um grupo de procuradores-gerais de 38 estados americanos anunciou nesta quinta-feira, 17, a abertura de uma ação judicial contra o Google, acusado de conduzir práticas anticompetitivas com objetivo de preservar o monopólio no mercado de buscas. Essa é a terceira vez em menos de dois meses em que a gigante do Vale do Silício é alvo de processo de autoridades nos Estados Unidos.
Os procuradores alegam que a companhia privou consumidores de um ambiente de maior concorrência na internet e explorou sua posição no mercado para acumular dados de clientes. "Combinado com as outras ações recentes, nunca antes tantos Estados e o governo federal se juntaram para desafiar uma empresa com tanto poder. O Google tem mais dado sobre consumidores, e uma variação maior de informações, do que talvez qualquer outra entidade na história", disse o procurador-geral de Iowa, Tom Milley, que lidera o caso.
Segundo o grupo, as acusações são semelhantes às feitas pelo Departamento de Justiça (DoE), em litígio anunciado em 20 de outubro. No entanto, trazem alegações adicionais, entre elas a de que o Google usa acordos de exclusão para limitar a atuação de rivais. Os procuradores também dizem que há discriminação contra mecanismos de buscas especializados, como o de viagens ou serviços diversos.
Os Estados pedem que o Google cesse "condutas ilegais e restaure um mercado competitivo", além de se desfazer de todas as vantagens obtidas por meio do práticas anticompetitivas.