O diretor do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, embaixador John Bolton, anunciou nesta quarta-feira que os Estados Unidos deixarão o protocolo opcional de resolução de disputas da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. “Isso está ligado ao caso trazido pelo assim chamado Estado da Palestina, nomeando os EUA como alvo da ação, desafiando nossa transferência da nossa Embaixada (em Israel) de Tel-Aviv para Jerusalém”, explicou.
Mais cedo, em um movimento coordenado com a decisão informada por Bolton, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já havia revelado a retirada dos EUA do Tratado de Amizade de 1955 com o Irã, em um gesto simbólico para ressaltar a deterioração das relações entre Washington e Teerã.
“Dado (o) abuso pelo Irã da CIJ (Corte Internacional de Justiça), revisaremos todos os acordos internacionais que possam ainda expor os EUA à jurisdição vinculante da resolução de disputas na CIJ”, acrescentou Bolton em entrevista coletiva na Casa Branca. “Os EUA não observarão inertes enquanto acusações politizadas e infundadas são protocoladas contra nós.”
Questionado sobre o pronunciamento do governo do Irã chamando os EUA de um “regime fora da lei” após a retirada dos dois tratos, o embaixador replicou que o país persa é comandado por um “regime farsante” que tem sido “uma ameaça a todo o Oriente Médio” e “agiu por décadas como o banco central do terrorismo internacional”. “Não levo o que eles dizem a sério”, completou.
Rebatendo também acusações por Teerã de que Washington planeja operar pela mudança do regime iraniano, Bolton argumentou: “Nossa política não é a de mudança de regime, mas esperamos que o país mude seu comportamento.”