Os Estados Unidos confirmaram a designação do grupo Houthis, do Iêmen, como "terroristas globais especialmente designados", após os ataques contra embarcações no Mar Vermelho. Entretanto, a decisão pode ser "reavaliada imediatamente", caso os Houthis cessem os ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, informou a Casa Branca, em nota.
Os ataques "sem precedentes" dos Houthis contra as forças militares dos EUA e embarcações marítimas internacionais "colocaram em risco os soldados americanos, marinheiros civis e nossos parceiros, prejudicando o comércio global e ameaçando a liberdade de navegação", afirmou o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, no comunicado.
Segundo ele, a designação tem como objetivo impedir o financiamento do terrorismo aos Houthis, restringir ainda mais seu acesso aos mercados financeiros e responsabilizá-los por suas ações. A medida, contudo, será válida somente após 30 dias, para garantir a separação dos recursos de apoio humanitário destinados ao Iêmen.
"Como disse o presidente Joe Biden, os Estados Unidos não hesitarão em tomar outras medidas para proteger nosso povo e o livre fluxo do comércio internacional", alertou o assessor.
Na terça-feira, 16, Sullivan já havia comentado que o país poderia adotar novas medidas para acalmar o quadro no Mar Vermelho, durante painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos. À noite, fontes relataram à <i>Associated Press</i> que a listagem dos rebeldes iemenitas como terroristas poderia ser retomada pela primeira vez desde fevereiro de 2021, quando o secretário de Estado, Anthony Blinken, reverteu a designação, previamente imposta pelo ex-presidente Donald Trump, com o objetivo de facilitar o envio de apoio humanitário ao Iêmen.