Internacional

EUA consideram nova ajuda humanitária no Iraque

O governo do presidente dos EUA, Barack Obama, está considerando enviar uma nova operação de ajuda humanitária para turcos de maioria xiita no norte do Iraque, que estão cercados há semanas por militantes sunitas do Estado Islâmico, disseram autoridades de defesa norte-americanas nesta quarta-feira.

A missão, se for confirmada, seria a segunda intervenção humanitária dos Estados Unidos no Iraque. No começo do mês, aviões de carga norte-americanos levaram toneladas de comida e água para refugiados da etnia Yazidi na região do monte Sinjar. Ao mesmo tempo, os EUA realizavam ataques aéreos contra bases militares do Estado Islâmico.

O governo está focado agora na cidade de Amirli, situada a 169 quilômetros ao norte de Bagdá, e apenas a alguns quilômetros do território curdo. Um número estimado entre 12 e 15 mil pessoas estão sem acesso a água ou alimentos na região.

O líder da missão de apoio norte-americana no Iraque, Nickolay Mladenov, no começo desta semana, pediu uma ação urgente em Amirli e descreveu a situação da cidade como desesperadora. Três autoridades de defesa confirmaram que a operação humanitária está sendo considerada. Eles falaram sob condição de anonimato.

Enquanto isso, o principal comandante dos Estados Unidos no Oriente Médio, o general do Exército Lloyd Austin, se encontrou em Bagdá com o primeiro-ministro nomeado do Iraque, Haider al-Abadi, para discutir uma possível cooperação no combate ao Estado Islâmico. De acordo com um depoimento publicado pelo gabinete de al-Abadi, Austin expressou o desejo do governo norte-americano de providenciar treinamentos de contraterrorismo adicionais para as forças de segurança do Iraque.

Assim como ocorreu com muitas outras minorias no Iraque, como os cristãos e os Yazidis, a comunidade de turcos xiitas está sendo atacada pelo Estado Islâmico, que os considera renegados. Dezenas de milhares de turcos – o terceiro maior grupo étnico do país – foram obrigados a saírem de suas casas desde que os extremistas tomaram o controle de diversas cidades da região. Fonte: Associated Press.

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