O Departamento de Justiça dos EUA decidiu criar uma unidade para combater o terrorismo doméstico. O anúncio foi feito nesta terça, 11, pelo vice-secretário da Divisão de Segurança Nacional, Matthew Olsen. A nova unidade é uma consequência direta do ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021, e das ameaças crescentes de supremacistas brancos.
Durante uma audiência na Comissão de Justiça do Senado, Olsen afirmou que a decisão reflete uma percepção crescente das autoridades de segurança dos EUA de que os extremistas domésticos significam uma ameaça tão importante quanto a de organizações internacionais.
"Enfrentamos uma ameaça grande de indivíduos dentro dos EUA que buscam cometer atos criminosos violentos em nome de objetivos sociais ou de políticos domésticos" disse Olsen. "Presenciamos uma ameaça crescente por parte daqueles que são motivados por animosidade racial, bem como daqueles que se atribuem ideologias extremistas antigovernamentais."
<b>Perigo</b>
De acordo com ele, a nova unidade fará parte do Departamento de Segurança Nacional e trabalhará para "garantir que esses casos sejam devidamente tratados e coordenados de forma eficaz" nos EUA.
Jill Sanborn, diretora de segurança nacional do FBI, disse que a maior preocupação no momento é com extremistas violentos motivados pelo ódio racial e contra o governo. "A ameaça mais letal vem de extremistas violentos com motivação racial ou étnica que defendem a superioridade da raça branca e de extremistas violentos antigoverno", disse.
Em novembro, um alto funcionário do FBI disse ao Congresso que seus agentes conduzia cerca de 2,7 mil investigações relacionadas ao extremismo violento doméstico nos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>