Estadão

EUA deixam aberta possibilidade de novas ações contra China por ciberataques

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta segunda-feira, 19, que os Estados Unidos podem tomar ações adicionais em resposta a ataques cibernéticos da China. Nesta manhã, Washington e aliados acusaram formalmente o governo chinês de ter apoiado invasões ao sistema Microsoft Exchange Server.

Durante entrevista coletiva, a porta-voz negou que circunstâncias econômicas estejam por trás da decisão de não impor sanções contra o país asiático, como foi feito no caso da Rússia. Segundo ela, os americanos não descartam a possibilidade de agir unilateralmente contra a campanha dos hackers, mas preferem coordenar com seus parceiros tradicionais, entre eles Reino Unido, União Europeia e Austrália.

Psaki também voltou a garantir que o governo "leva a inflação muito a sério". A secretária atribuiu a escalada inflacionária recente a gargalos na cadeia produtiva e ao relaxamento das restrições à mobilidade, que leva produtores a retornarem aos preços de antes da pandemia.

A porta-voz acrescentou que essas dinâmicas estão sob o escopo de responsabilidade do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que não mudou as previsões de que o movimento é temporário.

Sobre o coronavírus, Psaki comentou que os EUA "ainda estão em guerra" contra a doença, apesar dos progressos recentes. Ela disse ainda que acompanha os movimentos nos mercados acionários, mas chamou atenção para a retomada do mercado de trabalho e da economia em geral.

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