O Pentágono desfez um convite à China para participar de um exercício militar internacional no Oceano Pacífico no próximo mês, enviando um sinal de desaprovação a Pequim pelo que as autoridades americanas dizem ser uma recusa chinesa em recuar na ofensiva vista nas ilhas militaristas no Mar da China Meridional. De acordo com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, depois de semanas de debates internos no Pentágono, concluiu-se que a China não deveria poder participar do exercício militar, programado para começar no fim de junho.
O exercício, também conhecido como Rimpac, envolve 27 nações, em uma demonstração de cooperação militar internacional. Um convite dos EUA para participar do exercício carrega um prestígio político, oferecendo legitimidade e aceitação às forças militares que participam do exercício, um benefício importante para a China, à medida que busca expandir sua influência.
Da mesma forma, a decisão americana de rescindir o convite às forças armadas chinesas também tem um significado político. Os EUA expulsaram a Rússia do exercício após a incursão de Moscou na Ucrânia em 2014. As autoridades chinesas em Washington foram notificadas da decisão na manhã desta quarta-feira.
Para o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, a decisão dos EUA é “muito pouco construtiva”. Ele afirmou, ainda, que a retirada do convite “é inútil para o entendimento mútuo” entre as duas potências e pediu que os EUA mudem a “mentalidade negativa”. Os comentários foram feitos em uma entrevista coletiva de Wang após conversas com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em Washington. Fonte: Dow Jones Newswires.