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EUA: despesas de companhias aéreas crescem e investidores ficam em alerta

As companhias aéreas dos Estados Unidos estão pagando mais pelo combustível, mão de obra e serviços de manutenção, elevando a preocupação dos investidores do setor quanto ao crescimento dos custos da indústria e suas margens futuras. Nos primeiros nove meses de 2017, os gastos das nove maiores companhias aéreas do país cresceram 8,1% na comparação anual. Enquanto isso, a inflação acumulada no período ficou em 2,2% e as receitas subiram apenas 3,8%, de acordo com a Airlines for America, associação do setor.

De acordo com especialistas, os custos crescentes para cada passageiro (assento/milha) são uma tendência preocupante em uma indústria com dificuldade em tomar as rédeas de suas despesas.

“Nós acreditamos que as companhias áreas perderam um pouco do controle de custos”, disse o analista do setor de aviação da UBS, Darryl Genovesi. O desafio tem pressionado as ações das empresas. Depois do crescimento dos custos com combustível, o maior salto nas despesas neste ano foram as compensações de trabalhadores.

O CEO da norte-americana Delta, Ed Bastian, disse durante evento de investidores em 14 de dezembro que estava desapontado com os custos unitários do setor que, excluindo o combustível, devem subir até 5,5% no quarto trimestre na comparação anual. As empresas olham para os custos sem o combustível por se tratar de um indicador que elas podem exercer algum tipo de controle.

Bastian disse que o plano da Delta é cortar US$ 1 bilhão em custos nos próximos anos e controlar o crescimento das despesas não ligados aos combustíveis para uma média de 2% ao ano.

As companhias também têm colocado mais assentos nos aviões como uma forma de conter custos. Entretanto, aeronaves mais lotadas e com espaço menor entre as poltronas são bastante impopulares entre os clientes.

Apesar das preocupações, no geral, as áreas dos Estados Unidos ainda apresentam bons resultados. O setor caminha para fechar 2017 no oitavo ano seguido no azul – um recorde. Mas, para manter a trajetória, elas precisam conter despesas trabalhistas e continuar reduzindo custos, disse o analista da Raymond James & Associates, Savanthi Syth.

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