Os EUA e a França condenaram os ataques que militantes da Al-Qaeda realizaram em três hotéis na estância balnear Grand-Bassam, na Costa do Marfim, que matou ao menos 22 pessoas.
“Os Estados Unidos condenam de forma contundente o ataque terrorista na Costa do Marfim”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, apontando para uma “violência sem sentido”. Em comunicado, Kirby ressaltou que o país africano “é um importante parceiro regional dos Estados Unidos”, que ofereceram apoio ao governo da Costa do Marfim enquanto a investigação segue em curso.
O ataque a Grand-Bassam foi o primeiro deste tipo na Costa do Marfim. Apesar das medidas de segurança terem sido reforçadas nos últimos meses, os extremistas atacaram civis em um dos principais destinos do país para os marfinenses e estrangeiros, mas as forças de segurança, aparentemente, responderam rapidamente.
O presidente da França, François Hollande, também condenou o ataque, caracterizando-o como “covarde e odioso”. O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, vai viajar para o país atingido na terça-feira ao lado ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, uma vez que um cidadão francês foi morto.
Nesta segunda-feira, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara reuniu-se com ministros e com o Conselho de Segurança Nacional para uma reunião de emergência. “Esses ataques terroristas podem acontecer em qualquer lugar, a qualquer momento”, disse Ouattara no domingo à noite depois de visitar o hotel Etoile du Sud, um dos três hotéis onde homens armados abriram fogo. “Nós mostramos que temos a capacidade para conter os danos que podem resultar”, acrescentou.
O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, confirmou em Berlim que uma mulher alemã foi morta. Entre os mortos estão 14 civis e dois soldados da Costa do Marfim. Seis terroristas também foram mortos e pelo menos outras 22 pessoas ficaram feridas, sendo 19 civis.
O ataque em Grand-Bassam foi o terceiro grande ataque contra um centro de turismo na África Ocidental desde novembro. Fonte: Associated Press.