Em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 25, que o país espera que outras nações “paguem uma fatia justa por sua segurança”.
O republicano afirmou que não vai pedir desculpas por proteger os cidadãos americanos e defendeu que nenhum país o faça, além de reforçar que o exército americano está mais forte.
No último mês, Trump sancionou uma lei que autoriza gastos de US$ 716 bilhões com defesa para dar suporte às forças armadas do país e combater agressões.
Venezuela
O presidente norte-americano pediu que todas as nações se unam aos americanos pela “restauração da democracia” na Venezuela e anunciou que os Estados Unidos vão impor sanções adicionais ao regime de Nicolás Maduro. “Em todo os lugares em que o socialismo foi tentado, produziu pobreza”, criticou.
Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump também disse que a imigração ilegal “abastece o crime, a violência e a pobreza” e que “nações soberanas e independentes” garantem a sobrevivência da liberdade.
Irã
Trump disse em seu discurso que os Estados Unidos lançaram uma campanha de pressão econômica para combater a “agenda sangrenta” do regime iraniano. Ele também reforçou que novas sanções ao país persa serão impostas em novembro.
“Pedimos a todas as nações que nos ajudem a isolar o regime iraniano”, afirmou o americano, justificando que o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, “semeia o caos, a morte e a destruição”.
Opep
O republicano também voltou a criticar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pelos “preços horríveis”. “Eu não gosto disso. Queremos que eles parem de aumentar os preços”, afirmou. No domingo, o cartel anunciou em uma coletiva de imprensa sua decisão de não aumentar a produção da commodity.
Síria
Trump também afirmou que os EUA “vão responder” caso o regime do sírio Bashar al-Assad use armas químicas no país. “Estamos trabalhando para que nações do Oriente Médio tenham paz e prosperidade”, disse, e ressaltou a união com os aliados americanos no combate ao terrorismo.
China
O presidente norte-americano voltou a criticar a China em seu discurso. “As distorções do mercado chinês e o modo como lidam com isso não são aceitáveis”, afirmou. “Há países aceitos pela OMC Organização Mundial do Comércio que violam cada princípio em que ela é baseada”, disse.
O republicano voltou a criticar os planos de transferência tecnológica chineses e violações à propriedade intelectual, que segundo ele infringem acordos de livre-comércio.
O presidente americano reforçou ainda que os Estados Unidos não vão aceitar que outras nações “tirem vantagem” de seu país e disse que “algumas manipulam suas moedas” com esse objetivo. Trump já havia acusado a China e a Europa de manipulação cambial.