Horas depois de a Suprema Corte dos EUA ter rejeitado uma contestação judicial de última hora, com uma votação de 5 a 4, o Departamento de Justiça determinou a execução de um homem de 47 anos pelo assassinato, em 1996, de três pessoas da mesma família. Essa foi a primeira execução federal em mais de 17 anos.
Daniel Lewis Lee, que já foi supremacista branco, mas abandonou o movimento, foi executado por injeção letal na penitenciária federal de Terre Haute, em Indiana. Lee foi declarado morto às 8h07 locais (9h07 em Brasília). "Vocês estão matando um homem inocente", disse ele antes de ser morto.
O Departamento de Justiça, que empregou um novo procedimento para executar o condenado – usando uma única droga, o pentobarbital – após várias execuções por injeção letal fracassadas, reavivou o debate sobre métodos usados na pena de morte.
A execução de Lee estava prevista para segunda-feira, mas a juíza distrital Tanya Chutkan ordenou a suspensão do procedimento para permitir impugnações aos protocolos da injeção letal. Outros três condenados à morte estão na mesma situação.
Lee foi condenado no Arkansas, em 1999, por assassinar William Mueller, um traficante de armas, sua mulher, Nancy, e sua filha de 8 anos, Sarah Powell. Earlene Peterson, mãe de Nancy e avó de Sarah, pediu ao presidente Donald Trump que perdoasse o condenado, mas o republicano a ignorou.
O governo anunciou, em julho de 2019, que voltaria a aplicar a pena capital, o que não ocorria desde 2003. Nos EUA, a maioria dos crimes é julgada nos Estados, mas a Justiça Federal pode lidar com ocorrências específicas – ataques terroristas e crimes racistas, por exemplo. Nos últimos 45 anos, apenas três pessoas foram executadas, incluindo Timothy McVeigh, em 2001, responsável pelo atentado a bomba em Oklahoma, que deixou 168 mortos, em 1995. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>