O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que estava avançando para a realização de pesquisas sísmicas no Oceano Atlântico. Trata-se do primeiro passo para a extração de petróleo offshore em uma região onde essas atividades estavam bloqueadas há décadas.
O Departamento do Interior informou que revisa seis pedidos de companhias do setor de energia que haviam sido rejeitados pelo governo do ex-presidente Barack Obama. Grupos ambientalistas e muitos congressistas da Costa Leste se opõem às pesquisas, com o argumento de que o som alto das armas de ar usadas nas operações poderiam ferir a vida marítima. Já o setor de petróleo e gás pressiona pela realização delas para mapear os potenciais lugares de extração da área. Não ocorrem pesquisas nas regiões do centro e do sul do Atlântico há pelo menos 30 anos.
As regiões, como definido pelo Departamento do Interior, vão do norte da Flórida até Delaware. Qualquer nova atividade deve ser limitada às costas da Virgínia, da Carolina do Sul, da Carolina do Norte e da Geórgia.
No mês passado, Trump assinou um decreto para expandir a retirada de petróleo e gás do Atlântico e do Ártico, como parte de sua promessa de aumentar as reservas dos EUA a fim de reduzir as importações de petróleo do exterior.
A decisão de Trump reverteu a ação tomada pelo ex-presidente Barack Obama e enfrenta dura oposição de ambientalistas e de muitos democratas, dizendo que essa atividade fere as baleias e outros exemplares da vida marítima, além de exacerbar o aquecimento global.
O Departamento do Interior disse em comunicado que pesquisas são necessárias para atualizar informações sobre a região chamada de Outer Continental Shelf, coletadas há mais de 30 anos, quando a tecnologia não era tão avançada. Os dados da pesquisa sísmica ajudam funcionários a determinar um preço justo de mercado para os recursos offshore. Fonte: Associated Press.