Militares norte-americanos declararam neste sábado que irão avaliar a informação de grupos ativistas de que ataques aéreos realizados pela coalizão ocidental na Síria vitimaram 52 civis. Os bombardeios ocorreram nos arredores da cidade de Kobani, na fronteira com a Turquia, e integram a campanha dos países aliados contra o grupo extremista Estado Islâmico.
Os ataques ocorreram na quinta-feira e na sexta-feira na vila de Bir Mahli, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos, entidade baseada em Londres. A entidade, que possui ativistas em atuação na Síria, afirma que sete crianças e nove mulheres estavam entre os mortos. Os Estados Unidos, no entanto, dizem que os bombardeios destruíram sete posições dos insurgentes e um de seus veículos.
O porta-voz do Centro de Comando norte-americano, o major Curtis Kellogg, afirmou que não há informações que corroborem as alegações dos militantes. “Ainda assim, levamos todas as alegações à sério e iremos examiná-las”, disse.
Shorsh Hassan, o porta-voz da maior milícia curda, conhecida como YPG, em Kobani, disse não ter conhecimento de civis mortos no ataque. Já Salem al-Meslet, representante da Coalizão Nacional Síria, um grupo de oposição apoiado pelos países ocidentais, disse que os ataques à vila devem ter vitimado civis, ainda que “seja difícil falar com absoluta certeza por enquanto”. Fonte: Associated Press.